Exército começa a dar apoio às ações da Polícia Militar na Maré

Equipes do Exército chegam ao Batalhão da Maré para dar apoio
à PM Márcia Foletto / Agência O Globo

RIO - Equipes do Exército estão desde cedo nas favelas Parque União e Nova Holanda, do Complexo Maré, auxiliando nas busca de armas que teriam sido enterradas por traficantes. Para o serviço, 15 militares do 1º Batalhão de Engenharia de Combate usam dez detectores de metal com a capacidade de localizar fuzis enterrados em até um metro e meio de profundidade.

 

 Alguns soldados usam roupas antiexplosão, pois o Exército não descarta a possibilidade de haver armadilhas com explosivos instalados por traficantes próximo aos pontos onde teriam sido enterrados os armamentos. O comandante do grupo do Exército, capitão Rafael Medeiros, que já atuou em missões em Angola e no Haiti, disse que o equipamento foi utilizado durante a ocupação do Complexo do Alemão, em 2010.

 

De acordo com o capitão do Exército Rafael Medeiros, informações repassadas pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) dão conta de que os traficantes teriam enterrado armas em alguns pontos das favelas Parque União e Nova Holanda, dominadas pela facção responsável pelos ataques recentes às UPPs.

 

No início da tarde desta quarta-feira, o grupo, que recebe o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), começou a vasculhar uma horta que existe nos fundos do Ciep Samora Machel, na comunidade da Nova Holanda. A escola possui diversas marcas de tiros na fachada.

 

 Nos próximos dias, os soldados vão vasculhar uma área de 141 mil metros quadrados, onde se estima que haja cerca de 3,5 mil residências. Antes da publicação da Garantia de Lei e de Ordem (GLO) pela Presidência da República, os soldados não poderão agir como policiais e, por isso, atuarão em conjunto com agentes do Bope.

Fonte/O Globo