terça-feira, 23 de abril de 2019

MAPA DO CAOS | Escolas visitadas pelo Sindeducação no 1º Trimestre do ano, apresentam graves problemas estruturais

                               
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                                   Moacir Feitosa/Secretário de Educação do Município

Professores que integram a Direção do Sindeducação, constataram graves problemas que atingem a Educação Pública de São Luís, durante as visitas realizadas nas escolas municipais no 1º Trimestre de 2019. Nas 24 escolas visitadas, o sindicato encontrou espaços educacionais interditados; fechados; superlotados; professores sobrecarregados e angustiados; pais de alunos lutando para matricular seus filhos; creches prontas sem funcionar; reformas paralisadas; e tantos outros problemas que prejudicam milhares de crianças da Capital. Apesar do cenário de Caos na Educação, os repasses de verbas federais prosseguem em dia, com o incremento, só em 2019, de R$ 117,3 milhões de FUNDEB, e outros R$ 3,58 milhões do FNDE.

A Rede Municipal de São Luís possui 266 escolas, e de acordo com o sindicato, mais da metade está sucateada, necessitando de diversos reparos, que vão desde reformas estruturais, elétricas, hidráulicas, ou mesmo uma simples dedetização ou capina da área externa da escola. Material didático, carteiras, salas com espaços inadequados, número insuficiente de professores, falta de segurança, estruturas que ameaçam desabar, merenda escolar fora do padrão recomendado, são lguns dos outros problemas elencados em relatório produzido pelo Sindeducação.

O documento será entregue ao Ministério Público, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), Conselho Tutelar, e parlamentares municipais, estaduais e federais. Para o sindicato, o cenário educacional de São Luís nunca esteve tão ruim quanto na atualidade. Segundo a presidente da entidade, professora Elisabeth Castelo Branco, além do sucateamento das escolas, por falta de um projeto de manutenção dos prédios escolares, a Secretaria de Educação (SEMED) não assinala quais objetivos e/ou projetos pedagógicos as escolas têm de desenvolver nas localidades onde encontram-se instaladas. “É um cenário desolador, onde o professor não tem como desenvolver o processo ensino-aprendizagem na maioria das escolas da rede”, comenta a presidente.

Os problemas de toda ordem atingem as escolas municipais. A UEB Anjo da Guarda possui salas pequenas, fora do padrão desejável para receber mais de 35 alunos de 6 a 11 anos por sala; a UEB Pastor Estêvam Ângelo de Souza(Cidade Operária), aguarda uma reforma emergencial prometida pela SEMED em Dezembro de 2018, quando ocorreu uma pane elétrica na escola.

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A UEB Dom Delgado (Vila Cascavel), está interditada, com relatório da Vigilância Sanitária condenando as condições de higiene do prédio, e relatório de perigo estrutural pelo Corpo de Bombeiros; a UEB Carlos Madeira e UEB Santa Clara, ambas de Educação Infantil, até o momento também não iniciaram o ano letivo, a primeira por falta de infraestrutura predial, e a segunda, que aguarda, desde janeiro, técnicos para instalação de uma caixa dágua nova (a atual foi condenada por engenheiros), e dos aparelhos de ar-condicionado; a UEB Mata Roma, da Cidade Operária, está com o prédio abandonado há mais de um ano, e as crianças assistindo aula em salas improvisadas no prédio da Igreja Católica.

Na UEB Ronald Carvalho, Anexo Terceiro Milênio, no Habitacional Turu, a problemática também é muito grave. A escola está fechada desde o mês de fevereiro, sem condições de receber alunos e professores, que aguardam a finalização de uma reforma que está parada. Durante a visita do Sindeducação, no dia 20 de Março, foi constatado que os problemas hidráulicos, elétricos, no teto, e outros, prosseguem prejudicando a comunidade escolar que está sem aulas.

O sindicato lembra que essa escola foi retirada de um prédio anterior com problemas gravíssimos problemas, e por meio de parceria da SEMED com a SEDUC, conseguiu o prédio atual do Estado, onde funcionava um asilo, fazendo adaptações para funcionamento da unidade.

Para a sindicalista, o problema de gestão da Educação Municipal é tão grave, que o Município de São Luís não possui um Projeto Político Educacional, fato que cria outro problema, também de natureza grave, deixando as escolas sem um direcionamento para construção do Projeto Político-Pedagógico – PPP, que seguem sem a definição de um direcionamento qualitativo e quantitativo das ações educacionais a serem desenvolvidas. “Para além disso, o prefeito nomeou um secretário de Educação que cultiva o silêncio, não dialoga com os professores, não recebe o sindicato, e parece acreditar que pode resolver todos os problemas sozinho” , lamenta.



Confira a lista completa das escolas visitadas nos três primeiros meses de 2019:


- UEB Tiradentes;

- UEB João de Souza Guimarães (Anexo Alegria do Saber;

- UEB Tancredo Neves;

- UEB João Mohana;

- UEB Rosa Mochel Martins;

- UEB Cônego Sidney Castelo Branco Furtado;

- UEB Ronald Carvalho, Anexo Terceiro Milênio;

- UEB Anjo da Guarda;

- UEB Carlos Madeira;

- UEB Camélia Costa Viveiros;

- UEB Henrique de La Roque;

- UEB Vila Embratel;

- UEB Dom Delgado;

- Creche Chácara Brasil;

- UEB Dilu Mello;

- UEB Jairo Rodrigues;

- UEB Jean Noberto Coelho;

- UEB Pedro Marcosini Bertol;

- UEB Dr. Oliveira Roma;

- UEB Elpídio Hermes;

- UEB Anexo Balão Mágico;

- UEB Tom e Jerry;

- UEB Menino Jesus de Praga;

- UEB Mariana Pavão;




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