Cintra,
quem te viu, quem te vê!
Quem diria, a maior
escola pública da América Latina outrora mantida pela Fundação Nice Lobão, mas
hoje vinculada diretamente à Secretaria de Estado de Educação, que já teve em
tempos áureos mais de oito mil alunos matriculados nas diversas modalidades de
ensino oferecidas nos três turnos, não tem hoje sequer uma máquina xerox para reproduzir
as provas bimestrais para seus alunos.
Parece cômico se não
fosse trágico. Mas esta é a verdade porque passa o Centro Integrado Rio Anil,
Cintra, localizado no bairro do Anil. Depois de um progressivo sucateamento, a
unidade de ensino chegou ao ponto de ter o processo ensino aprendizagem
comprometido, uma vez que as avaliações bimestrais deste início de ano letivo
para cerca de mais de três mil alunos voltaram a ser feitas manuscritas (no
canetão), como nos velhos tempos, isto porque a unidade de ensino não dispõe de
máquinas de impressão.
O fato, ao que se sabe,
deu-se por conta das mudanças implementadas pelo governo Flávio Dino, que aos
poucos foi esvaziando a possibilidade de recursos para a Fundação Nice Lobão, a
ponto de torná-la obsoleta e passível de extinção. O que é fato. Até então, a
escola terceirizava os serviços de reprodução de fotocópias através do aluguel
de máquinas, aluguel este que foi rompido por falta de recursos.
A decisão de não
poderem ter suas provas impressas causou mal-estar em todos os profissionais da
educação, sejam professores e coordenadores pedagógicos que responsavelmente
buscam seus trabalhos profissionais levados a cabo com o processo das
avaliações. O fato é inconcebível por se tratar de um retrocesso, ainda mais
para uma instituição que já teve até um parque gráfico. E mais, por se tratar
de uma escola que sempre primou pela qualidade da educação, como sempre foi a tônica
dos profissionais que ali trabalham.
Não bastasse os problemas
estruturais porque passa o velho prédio da Fábrica Rio Anil, transformado em
escola há mais de duas décadas, somam-se tantos outros problemas de natureza
pedagógica e gestão como a falta de instrumentos de trabalho para os
professores, carência de pessoal de apoio disciplinar, etc.
Outro fato que, segundo
foi apurado, também vem preocupando a comunidade escolar, notadamente alunos e
pais de alunos, é a transformação do Centro de Ensino em IEMA sem nenhuma
consulta prévia a estes. Este fato levado a cabo, reduzirá em mais da metade a
oferta de vagas oferecidas pela escola hoje em dia, como também acabará com o
ensino noturno.
Diante do exposto que
se pronuncie a Seduc e o secretário Felipe Camarão.
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