DOIS ANOS APÓS O DUPLO ASSASSINATO DOS PMs EM BURITICUPU-MA GOVERNO DO MARANHÃO CRUZA OS BRAÇOS E A POLICIA CIVIL NÃO ELUCIDA O CRIME

                              

                                     Militares assassinados em Buriticupu-MA

Familiares dos militares, Cabo Júlio César e o Soldado Alberto Constantino assassinados no dia 17 de novembro de 2016 na cidade de Buriticupu-MA, informaram ao Departamento de Jornalismo SJNOTÍCIASMA, que o Ministério Público Federal em resposta a carta enviada a Procuradora Geral da Justiça Raquel Dodge, pedindo que o MPF, requeresse junto ao Superior Tribunal de Justiça(STJ), a federalização do caso para que a Polícia Federal assumisse as investigações sobre esse emblemático crime que envolve PMs, empresário madeireiro e políticos, foi negado pelo MPF.

Segundo os familiares, a carta endereçada a procuradora Raquel Dodge, nem chegou em seu gabinete. Isso porque ao ser analisado o pedido, foi dado como impossibilitado de ser atendido, por pertencer a esfera estadual, cabendo as providências serem tomadas, pelo Ministério Público Estadual. Essa resposta acabou com a esperança dos familiares dos militares ver esse duplo assassinato ser elucidado.

                            

                                      Familiares de militares assassinados clamam por justiça

Hoje 02 anos após o assassinato do Cabo Júlio César e do Soldado Alberto Constantino, estamos desamparados, não temos mais a quem recorrer: Aqui no Maranhão, a Polícia Civil não conseguiu elucidar o caso, o MPMA e Direitos Humanos nada fizeram. O Governo do Estado lavou as mãos, fez vistas grossas, empurrou com a barriga e agora a nossa última esperança que era o MPF, diz que nada pode fazer". Desabafo dos familiares dos PMs assassinados.

Agora só Deus na causa! Desabafou a mãe de um dos militares assassinados."

                          

                                             SD Gladistone/Tenente Josué e SD Viana
                                             Envolvidos no assassinato dos militares.

Esses três militares já foram duas vezes presos, mas foram soltos por Habeas Corpus concedido pela justiça, sob o argumento que não há provas suficientes que possam incrimina-los e falhas no inquérito aberto pela Polícia Civil do Maranhão.                            

Depois de ouvirmos os familiares dos PMs assassinados, entramos em contato com a Procuradoria Geral em Brasília-DF, que respondeu a nossa manifestação.

Vejam aqui a carta enviada  pelos familiares dos PMs assassinados a Procuradora Geral da República Raquel Dodge e a resposta do MPF ao repórter Stenio Johnny.

lLMª Senhora Procuradora Geral da República

SENHORA DOUTORA: RAQUEL DODGE

Viemos da melhor forma, trazer ao conhecimento de Vossa Excelência, denúncia relativa ao assassinato de policiais militares, com ocultação de cadáveres na cidade de Buriticupu-MA, no dia 17 de novembro de 2016. Passados 11 meses, a Polícia Civil do Maranhão não conseguiu elucidar o caso, limitando-se apenas informar a nós familiares que temos que aguardar em casa, que o caso está sob segredo de justiça e que eles não trabalham sobre pressão.

Acontece Excelência, que temos percebido o descaso, inoperância e incompetência da Polícia Civil em relação a elucidação do assassinato dos militares, onde aparecem como suspeitos oficiais, praças da PM, delegado e políticos da região. Sendo que no dia 01 de junho foram presos três militares suspeitos, mas até agora nada foi feito. Por não ter provas suficientes para incrimina-los foram postos em liberdade.

Um Major PMM que seria o homem que comandava os esquemas ilícitos juntamente com outros militares daquela região, ainda não tiveram pedidos de prisão decretado. O Tenente Josué, suspeito de participar do assassinato dos militares, foi solto pela justiça por insuficiência de provas, devido a um inquérito mau feito, cheio de falhas e sem provas contundentes, pra completar o Tenente ainda foi promovido pelo Governo do Estado a pedido do Comandante Geral da PMMA.

O mais estranho de tudo Excelência, é o desaparecimento da única testemunha do caso, conhecido como Dal, que trabalhava como uma espécie de informante para os militares na cidade. Essa testemunha desapareceu logo após prestar depoimento na delegacia da cidade de Buriticupu-MA, sem que ninguém até hoje saiba o seu paradeiro.

No depoimento senhora Procurador Geral, a testemunha declinou os nomes dos envolvidos no desaparecimento dos policiais, que segundo informações extra oficiais, os PMs teriam sido mortos e seus corpos enterrados dentro de um carro no enorme buraco, que além do envolvimento dos militares como executores, teve a participação de político e um empresário madeireiro da região, que são acobertados por um grande político do Estado, que tem obstruído o trabalho da polícia na elucidação do caso.  Essas  informações nos deixaram tristes e sem esperança para solução do caso.

Diante da inoperância, incompetência da Polícia Civil do Maranhão e do descaso do Governo do Estado, que mesmo ouvindo o nosso clamor, não se sensibilizou e nem cobrou da sua polícia mais rigor nas investigações para elucidação desse misterioso crime que trata do assassinato dos militares com ocultação de cadáveres, viemos humildemente suplicar a Vossa Excelência:

01-Que a Procuradoria Geral da República se  digne a encaminhar um requerimento ao Superior Tribunal de Justiça(STJ), para que a corte superior determine que a nossa honrosa Polícia Federal, assuma as investigações desse emblemático caso do assassinato dos militares aqui em Buriticupu-MA.

02-Determine o afastamento da Justiça Militar, para que o processo passe a tramitar na Justiça  Comum.

Certos que Vossa Excelência irá se sensibilizar com o sofrimento das mães, filhos e esposas desses militares de já agradecemos.

OS FAMILIARES

Josefa Freire da luz Pereira

Mãe

Raimundo Nonato da Luz Pereira

Irmão

Paulo César da Luz Pereira

Irmão

Ana Claúdia Bezerra dos Reis

Ex-mulher e mãe de dois dos filhos do militar

Paulo Freire da Luz

Tio
Gilberto Constantino/Irmão

Antonio Santos Pereira

Pai
Joana Constantino sousa
Mãe do Soldado Alberto

Buriticupu  04 de outubro de 2017

VEJA AQUI RESPOSTA DO MPF AO REPÓRTER STENIO JOHNNY

ILMO(A) SR.(A) STENIO JOHNNY SILVA DOS SANTOS,

RESPOSTA À MANIFESTAÇÃO Nº 20170082591 (19/10/2017).

DA ANÁLISE DA MANIFESTAÇÃO, CABE INFORMAR QUE O FATO NOTICIADO TRATA-SE DE MATÉRIA QUE SE AMOLDA À ESFERA DE ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, TENDO EM VISTA QUE SE TRATA DE SERVIÇO DE INTERESSE PRECIPUAMENTE LOCAL, SOB GESTÃO MUNICIPAL E COM ABRANGÊNCIA TERRITORIAL RESTRITA.

 O ENDEREÇO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL EM BURITICUPU É:
BURITICUPU (98) 3664-7513 / 6891 (98) 3664-7513 RUA CIBRAZÉM S/N.º. CENTRO. CEP: 65393-000


DEMAIS INFORMAÇÕES SERÃO ENCAMINHADAS PARA SEU ENDEREÇO DE E-MAIL.

PARA CONSULTAR O ANDAMENTO DA MANIFESTAÇÃO, FAVOR ACESSAR A PÁGINA ELETRÔNICA DO MPF, OPÇÃO SALA DE ATENDIMENTO AO CIDADÃO, CONSULTAR ANDAMENTO E INSERIR O NÚMERO DA MANIFESTAÇÃO E A CHAVE DE CONSULTA FORNECIDA ACIMA.


ATENCIOSAMENTE,


SALA DE ATENDIMENTO AO CIDADÃO - SISTEMA CIDADÃO  MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

   

  Operações Jornalísticas Investigativas Especiais

                                                         OJIE

Por: Stenio Johnny Radialista/Repórter Investigativo
RI/RPJ-MA 0001541