segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Familiares de militares assassinados em Buriticupu-MA clamam por justiça ao presidente do STJ


                              

Familiares dos militares Cabo Júlio César e Alberto Constantino assassinados no dia 17 de novembro de 2016 na cidade de Buriticupu-MA, enviaram uma carta ao presidente do Superior Tribunal de Justiça(STJ) pedindo a federalização do caso, para que a Polícia Federal, assuma as investigações do assassinato dos PMs,  que envolve militares, empresários e políticos.

Veja aqui a carta berta ao presidente do STJ

lLM° Senhor Presidente do Superior Tribunal de Justiça

SENHOR PRESIDENTE


Viemos da melhor forma, trazer ao conhecimento de Vossa Excelência, denúncia relativa ao assassinato de policiais militares, com ocultação de cadáveres na cidade de Buriticupu-MA, no dia 17 de novembro de 2016. Passados 11 meses, a Polícia Civil do Maranhão não conseguiu elucidar o caso, limitando-se apenas informar a nós familiares que temos que aguardar em casa, que o caso está sob segredo de justiça e que eles não trabalham sobre pressão.

Acontece Excelência, que temos percebido o descaso, inoperância e incompetência da Polícia Civil em relação a elucidação do assassinato dos militares, onde aparecem como suspeitos oficiais, praças da PM, delegado e políticos da região. Sendo que no dia 01 de junho foram presos três militares suspeitos, mas até agora nada foi feito. Por não ter provas suficientes para incrimina-los foram postos em liberdade.

Um Major PMM que seria o homem que comandava os esquemas ilícitos juntamente com outros militares daquela região, ainda não tiveram pedidos de prisão decretado. O Tenente Josué, suspeito de participar do assassinato dos militares, foi solto pela justiça por insuficiência de provas, devido a um inquérito mau feito, cheio de falhas e sem provas contundentes, pra completar o Tenente ainda foi promovido pelo Governo do Estado a pedido do Comandante Geral da PMMA.

O mais estranho de tudo Excelência, é o desaparecimento da única testemunha do caso, conhecido como Dal, que trabalhava como uma espécie de informante para os militares na cidade. Essa testemunha desapareceu logo após prestar depoimento na delegacia da cidade de Buriticupu-MA, sem que ninguém até hoje saiba o seu paradeiro.

No depoimento senhor presidente, a testemunha declinou os nomes dos envolvidos no desaparecimento dos policiais, que segundo informações extra oficiais, os PMs teriam sido mortos e seus corpos enterrados dentro de um carro no enorme buraco, que além do envolvimento dos militares como executores, teve a participação de político e um empresário madeireiro da região, que são acobertados por um grande político do Estado, que tem obstruído o trabalho da polícia na elucidação do caso.  Essas  informações nos deixaram tristes e sem esperança para solução do caso.

Diante da inoperância, incompetência da Polícia Civil do Maranhão e do descaso do Governo do Estado, que mesmo ouvindo o nosso clamor, não se sensibilizou e nem cobrou da polícia mais rigor nas investigações para elucidação desse misterioso crime que trata do assassinato dos militares com ocultação de cadáveres, viemos humildemente suplicar a Vossa Excelência:

01-Que a corte suprema do Superior Tribunal de Justiça se  digne a determinar a federalização desse crime para que a Polícia Federal, assuma as investigações desse emblemático caso do assassinato  dos Militares aqui em Buriticupu-MA.

02-Determine o afastamento da Justiça Militar, para que o processo passe a tramitar na Justiça  Comum.


Certos que Vossa Excelência irá se sensibilizar com o sofrimento das mães, filhos e esposas desses militares de já agradecemos.



OS FAMILIARES

Josefa Freire da luz Pereira
Mãe
Raimundo Nonato da Luz Pereira
Irmão
Paulo César da Luz Pereira
Irmão
Ana Claúdia Bezerra dos Reis
Ex-mulher e mãe de dois dos filhos do militar
Paulo Freire da Luz
Tio
Gilberto Constantino/Irmão
Antonio Santos Pereira
Pai
Joana Constantino sousa
Mãe do Soldado Alberto

Buriticupu   30 de outubro de 2017

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