segunda-feira, 11 de abril de 2016

MINISTRO DO STJ DETONA DILMA E PEDE NOVAS ELEIÇÕES: 'ELEITOR NÃO PRECISA AGUENTÁ-LA'




É raro vermos figuras da justiça se posicionarem sobre os problemas políticos que passam o país. No entanto, a grave crise institucional tem mudado isso. E agora quem decidiu mostrar seu posicionamento é João Otávio de Noronha, há treze anos Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Ministro precisou insistir bastante para que as provas colhidas na Lava Jato pudessem ser usadas no processo que pode levar a impugnação do mandato de Dilma Rousseff. É provável que se o impeachment da presidente não seja resolvido na Câmara, ele vá para a justiça.
Em entrevista à Revista Veja, o Ministro detonou os argumentos de Dilma e de Lula, dizendo que o impedimento da presidente não era golpe. Além disso, ele defendeu o juiz Sérgio Moro, que passou a investigar o ex-presidente, divulgou grampos interceptados com autorização judicial e também o obrigou a depor sobre diversas suspeitas. De acordo com o Ministro João Otávio de Noronha, ninguém é melhor do que ninguém e não se pode olhar um investigado pela capa, não é porque Lula seja ex-presidente que ele não possa ser investigado. 
O representante do Supremo Tribunal de Justiça ainda defendeu que novas eleições fossem feitas e que um 'Recall' de Dilma fosse realizado. "O eleitor não precisa aguentar o governo", desabafou. O Ministro lembrou ainda que não se via uma crise política como essa há mais de 20 anos e que isso prejudica principalmente o povo brasileiro. Para ele, talvez a melhor alternativa nem fosse passar o processo de impedimento pela Câmara dos deputados e pelo Congresso, mas sim fazer uma nova consulta popular, onde os brasileiros votariam se queriam que Rousseff continuasse a ser ou não presidente.
Caso isso ocorresse antes do fim desse ano, novas eleições presidenciais precisariam ser convocadas em até 90 dias. O processo de impeachment promete correr mais rápido, mas seu resultado é bastante incerto. Atualmente, a oposição ainda precisa de cerca de 20 deputados para que a presidente seja retirada do poder. A expectativa é que nessa semana surjam novos fatores que piorem a imagem da petista e de Lula. 

Por/Fernando Borges
Fernando Borges

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