A identificação do eleitor por meio da biometria nas eleições de outubro será realizada em quase 800 municípios do país, entre eles 15 capitais. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o resultado da votação com biometria nas capitais servirá como "experiência" para a implantação da medida nos maiores colégios eleitorais do país: as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A biometria é o método eletrônico pelo qual o eleitor é identificado por meio da digital – o objetivo é evitar fraudes e aumentar a segurança do processo eleitoral.
Juntos, os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro têm mais de 13 milhões de eleitores, quase 10% do total nacional, e serão os últimos a ter o recadastramento concluído. A estimativa é que as cidades só tenham voto com biometria em 2018.
"São Paulo não vamos tratar de imediato. Precisamos adquirir 'know-how', experiência, para o recadastramento do maior colégio eleitoral. Estamos em dia com o cronograma, que vai até 2018. A cada eleição, fazemos uma avaliação sobre o processo e avaliamos o que melhorar. [...] As últimas cidades serão Rio e São Paulo", explicou Cristiano Moreira Andrade, coordenador de Infraestrutura da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.
Este ano, pouco mais de 15% do eleitorado brasileiro – 22 milhões dos cerca de 140 milhões de eleitores registrados – será reconhecido pela biometria na hora do voto, segundo o TSE.
Até o momento, 18,9 milhões de eleitores estão cadastrados no sistema biométrico, e a expectativa é que mais 3,1 milhões entrem no cadastro de eleitores (jovens de até 18 anos) ou regularizem a situação eleitoral até o prazo máximo, que é 7 de maio próximo – quem perdeu o prazo para o recadastramento ainda pode se dirigir a um cartório eleitoral para não ter o título cancelado.
O cadastramento começou em 2008 como um projeto-piloto, em apenas três municípios. Em 2010, a biometria foi ampliada para 60 cidades. Em 2012, a votação com identificação biométrica ocorreu em 300 localidades e, este ano, serão quase 800 municípios de todos os estados e do Distrito Federal.
Segundo o coordenador de Tecnologia da Informação do TSE, para cumprir a meta de 100% do eleitorado até 2018, ou seja, cadastrar 85% dos eleitores em mais quatro anos, serão necessários "passos maiores" da Justiça Eleitoral. Pelo cronograma, nos próximos dois anos, 100 milhões de eleitores serão recadastrados, o equivalente a 70% do total.
Andrade frisou que a previsão de conclusão da biometria pode ser adiada a depender do resultado do cadastramento até 2016. "Os próximos passos serão bem grandes. À medida que vamos ganhando experiência, vamos conseguindo dar passos maiores sem ter erros", destacou.
Fonte/G1.COM.BR
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