Ministro da Justiça/José Eduardo Cardoso
Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a governadora do
Maranhão, Roseana Sarney, vão se reunir no Palácio dos Leões, em São Luís,
capital do estado, para tratar de ações para controle da criminalidade no
estado, em especial da onda de violência comandada por líderes de facções
criminosas de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Na semana passada,
bandidos atearam fogo em ônibus em São Luís, o que resultou na morte de uma
criança de 6 anos e deixou mais cinco feridos. A ordem para os ataques partiu de
dentro do presídio de Pedrinhas.
De acordo com o governo do Maranhão, Roseana Sarney e Cardozo também vão
tratar do reaparelhamento do sistema prisional no estado. Ainda não se sabe se o
ministro, que se reuniu ontem (8), no Palácio do Planalto com autoridades da
Casa Civil, Gleisi Hoffmann, vai apresentar alguma nova oferta de ajuda ao
governo maranhense. Até o momento, ficou acertado entre o estado e o governo
federal que 25 presos considerados de alta periculosidade e responsáveis pelos
ataques serão transferidos para presídios federais e que a Força Nacional de
Segurança Pública vai permanecer em São Luís pelo menos até o dia 23 de
fevereiro. A tropa está atuando diretamente nas instalações do sistema
prisional.
A página do governo maranhense na internet comunica que a imprensa será
atendida depois do encontro para mais informações, mas a assessoria do
Ministério da Justiça em Brasília ainda não confirmou se haverá entrevista
coletiva em São Luís.
Em Brasília, o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH),
presidido pela ministra Maria do Rosário, está reunido nesta tarde para tratar
das denúncias sobre a situação nos presídios maranhenses. No ano passado, 60
presos foram mortos dentro do Complexo de Pedrinhas e de outras unidades
prisionais do Maranhão, de acordo com o mais recente relatório do CNJ, elaborado
em dezembro passado.
O relatório apontou ainda outras violações dos direitos
humanos ocorridas em Pedrinhas, como a superlotação e a falta de segurança para
detentos e parentes de presos – existem inclusive denúncias de estupros de
mulheres e namoradas de presos.
Fonte/Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
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