segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Operação da Polícia Civil recaptura envolvido na morte do jornalista Décio Sá após sair de delegacia onde estava preso





Uma ação coordenada pela Delegacia Geral de Polícia Civil com a participação das superintendências de Polícia Civil da Capital (SPCC) e Estadual de Investigações Criminais (Seic) resultou na prisão, na noite do último sábado, dia 21, do empresário Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, acusado de intermediar a negociação do assassinato do jornalista Décio Sá.

Durante as investigações que culminaram com recaptura do criminoso, também foram detidos o investigador da Polícia Civil, José Ribamar da Conceição Martins e o vigilante Ednaldo Cruz da Silva, que prestava serviços na delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV). O auto de prisão em flagrante apontou que existia um esquema, no qual o policial e o vigilante receberam propina do empresário, para que ele fosse liberado para circular pela cidade.

Na manhã do domingo (22), a delegada geral Maria Cristina Resende, acompanhados dos delegados Augusto Barros, da Seic, e Katherine Chaves, da SPCC, explicaram como se deram as investigações e o levantamento de provas e informações sobre a movimentação para a saída do criminoso. “Junior Bolinha” foi detido após uma perseguição policial na altura do retorno do Olho D’água. Um empresário, que segundo informou a Delegada Geral, Cristina Resende, estaria sofrendo ameaças e comunicou a polícia sobre as intenções do empresário.

“Todas as denúncias que chegavam à Polícia Civil eram checadas. Passamos a monitorá-lo, a partir da informação que ele estaria na rua, e todas às vezes montávamos uma ação a fim de fazer o flagrante, e ainda não havíamos conseguido comprovar. Ao saber da possível saída dele (Junior Bolinha), começamos a monitorar a conduta do detento. Com essas informações, monitoramos também as pessoas que os rodeavam e ao comprovarmos a saída e com a confirmação de que ele se encontraria com o empresário, deslocamos as equipes e conseguimos, após a perseguição recaptura-lo”, explicou a delegada Cristina Resende.

Ameaças
Júnior Bolinha, segundo o auto de prisão em flagrante, teria feito diversas ameaças ao empresário, identificado apenas como “Jonison”. Em depoimento, ele contou à Polícia Judiciária que as ameaças eram por conta de uma dívida no valor de R$ 180 mil, referente a um aluguel de máquinas pesadas que ele teria feito com Junior Bolinha.  O empresário disse ainda aos delegados que teria acertado um encontro com Junior Bolinha, e ao chegar ao local combinado, foi obrigado a entrar no carro que estava sendo conduzido por Junior Bolinha, um Corolla cor Champagne e sem placas.

“Ao perceber a aproximação do pessoal da Seic, Júnior Bolinha, arrancou o carro em alta velocidade. Diante da atitude, os policiais deram início à perseguição. O veículo andou por várias avenidas da capital e nas proximidades do retorno do Olho d’Agua uma pessoa saltou do carro e uma das viaturas que constatou que se tratava do empresário”, contou o superintendente Estadual de Investigações Criminais.
O delegado Augusto Barros falou ainda, que antes de ser preso, Junior Bolinha esteve em sua residência no bairro do Aracagy e no local participou de uma festa, chegando a ingerir bebidas alcoólicas.

 Prisão
Outras viaturas continuaram a perseguição e o cerco. Nas proximidades do Araçagy, uma segunda pessoa desceu do carro e ao realizarem a abordagem, as equipes policiais confirmaram que era Junior Bolinha.
Com a confirmação de que o preso não estava na delegacia, a superintendente de Polícia Civil da Capital, Katherine Chaves se deslocou até a DRFV e comprovou que o investigador Martins, que estaria de plantão no sábado (21), não se encontrava na delegacia. “O vigilante que lá estava confessou ter recebido R$ 150,00 para permitir a saída de Junior Bolinha. A Polícia Civil acredita que ao se ausentar do distrito, o investigador se dirigiu à cela do preso, e após o termino da conversa, disse ao vigilante que fosse a cela de Júnior bolinha, isso comprova que já existia um acerto antes”, disse.

Em relação à prisão do investigador, a Delegada Geral foi enfática ao dizer que “a Polícia Civil não compactua com este tipo de conduta. Nos prendemos o policial porque praticou um crime e essa será a resposta para qualquer profissional da nossa Instituição que se envolva com práticas delituosas”, afirmou.

Junior Bolinha foi autuado em flagrante nos artigos 33, por corrupção ativa; 147 pelo crime de ameaça e no artigo 148, por sequestro e cárcere privado. Já o vigilante foi autuado nos artigos 317(corrupção passiva) e artigo 351, por facilitação de fuga e o policial no artigo 317 também por corrupção passiva.

Júnior Bolinha foi transferido ainda na tarde deste domingo (22) para uma Unidade Prisional do Sistema Penitenciário e a partir de agora ficará sob a custódia da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap). Já o investigador permanece detido na delegacia Especial da Cidade Operária (Decop). O vigilante foi encaminhado para o Centro de Triagem de Pedrinhas.

As investigações devem prosseguir. A Polícia Judiciária está averiguando o paradeiro do veículo Corolla que deu fuga para Júnior Bolinha e se há o envolvimento de outras pessoas no fato

Fonte
SSP terá policiamento reforçado no Período Natalino



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