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A história
do Exército Brasileiro começa oficialmente com o surgimento do Estado brasileiro, ou seja, com a independência
do Brasil. Entretanto, mobilizações de brasileiros para guerra existem desde a colonização do Brasil, sendo as primeiras dignas de
nota, as efetuadas contra as tentativas de colonização francesa no Brasil, nas
décadas de 1550 e de 1610. Ainda durante o período
colonial, na Batalha de Guararapes, no contexto das invasões
neerlandesas do Brasil, os efetivos portugueses eram formados majoritariamente por brasileiros
(brancos, negros e ameríndios). Por isto, 19 de abril de 1648, data da primeira batalha, é tido como aniversário do Exército Brasileiro.
Após o golpe de Estado que instaurou a forma de governo republicano ao país, foi-se prometido aos militares o aumento em seus salários, assim como a instituição da reforma compulsória, alteração dos planos de organização do Exército, a reforma do ensino militar e a regulamentação de promoções visando aperfeiçoar a instituição. Entretanto, a reorganização do Exército limitou-se a aumentar o número de batalhões e regimentos, sem que fosse modificado a quantidade de militares. As promoções que foram concedidas pelo novo governo desrespeitaram a hierarquia, antiguidade e competência, tendo-se como critério apenas interesses políticos.
Foram extinguidos três arsenais de guerra, a fábrica de pólvora fora arruinada, não houvera a criação de oficia para armamentos modernos e os armamentos comprados em geral eram completamente ultrapassados. Os gastos com o Exército em 1889 atingiram o montante de 1.666.000 libras, enquanto mais de dez anos depois, o valor gasto na manutenção da instituição era de apenas um terço deste valor, ou seja, 555.333 libras. Apenas nos cinco primeiros anos da República, a inflação corroera a moeda nacional, atingindo uma média de 50% por ano, o que revela a grave situação da força armada neste período, que deveria se manter com menos recursos (com um valor extremamente reduzido graças a inflação descontrolada) que no período imperial.
Ancorado na filosofia positivista, durante os anos 1889-94, ocorreu o primeiro período na história brasileira no qual o exército dirigiu o país, tentando impor suas diretrizes políticas e projetos de desenvolvimento nacional ao restante da sociedade.[54] A instabilidade gerada pelo entrelaçamento da crise sucessória que desaguou na revolta da armada, agravada por uma grave crise econômica, abortou esta primeira tentativa de reger o país sem oposição.
No ano seguinte à Proclamação da República, em 1890, o ensino militar no Brasil foi reformado. Isto ocorreu por inspiração pelos ideais positivistas dos líderes republicanos. Nas escolas militares e nas casernas pregava-se a ideia de uma paz universal duradoura. O marechal Hermes da Fonseca, ao assumir a pasta da Guerra em 1906, deu vigoroso impulso à reforma da estrutura militar do país. Estabeleceu o serviço militar obrigatório, por sorteio, e reorganizou o exército em bases modernas, reequipando-o. A lei do sorteio teve muitos protestos, porém, foi efetivamente aplicada em 1916, após a Guerra do Contestado, pela contingência da entrada do país na Primeira Guerra Mundial.
Devido ao afundamento de navios mercantes Brasileiros na costa europeia por submarinos Alemães durante o primeiro semestre de 1917, o Brasil declarou guerra aos Impérios Centrais em 26 de outubro daquele ano. O Exército Brasileiro participou do conflito no envio de um grupo de oficiais e sargentos para o Front Ocidental que foram incorporados a unidades do Exército Francês. Um terço dos oficiais enviados foi promovido por atos de bravura em ação.
Dentre esses, se encontrava o então tenente José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, que atuando no 4º regimento de Dragões, foi condecorado por franceses e belgas, sendo promovido a capitão e comandante de esquadrão, por sua atuação a frente de seus comandados. De volta ao Brasil por sua iniciativa e pioneirismo viria a se tornar o patrono da força blindada brasileira.
Em 1919, o Exército Brasileiro foi reorganizado por uma missão militar francesa, chefiada pelo general Maurice-Gustave Gamelin.
Durante a década de 1920, a história do exército foi marcada pelo movimento tenentista, uma série de rebeliões mal sucedidas, ocorridas entre 1922 e 1927, levadas a cabo por jovens oficiais de baixa e média patente, descontentes com a situação político-social do País. Situação esta que levaria a maioria da oficialidade e tropa, a apoiar o bem sucedido Movimento de 1930.
Era Vargas (1930-1945)
Entre 1930 e 1950, o exército brasileiro voltou a reger o País de forma direta. Primeiro, até 1945, através da figura de Getúlio Vargas, neutralizando a oposição civil e derrotando as militares em 1932, 1935 e 1938. Depois, entre 1946-50, através do General Dutra.
Durante o primeiro período Vargas, o Estado Novo transferiu em 1938 para o ministro da Guerra as funções efetivas de comando, passando o Estado-Maior a órgão assessor, sem as prerrogativas e responsabilidades deferidas pela legislação anterior. Durante este período também se deu a mudança da escola de formação de oficiais do exército da Academia Militar do Realengo para a das Agulhas Negras.
Com a declaração de guerra ao Nazismo em 1942, acabou por se constituir por imposição da política internacional, o alinhamento do Brasil aos Estados Unidos, através da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. O país colaborou no esforço de guerra aliado, enviando para o teatro de operações da Itália a Força Expedicionária Brasileira (FEB), cuja organização e treinamento obedeciam aos padrões das grandes unidades norte-americanas. Em 1944, o País enviou para o teatro de operações europeu uma força expedicionária sob o comando do General Mascarenhas de Moraes.
Designada para operar na Itália, durante o tempo em que esteve em combate, junto ao V Exército dos Estados Unidos da América, a Divisão brasileira sofreu cerca de 450 mortes em combate, 2.000 mortes devido a ferimentos de combate e mais de 12.000 baixas de campanha, tendo assim, dos 25.000 homens enviados, mais de 22.000 participado das ações.
Antes que o conflito terminasse, havia feito mais de 15.000 prisioneiros de guerra e capturado duas divisões inimigas, uma alemã e uma italiana. Durante o conflito o Exército entrou em processo de assimilação da doutrina militar norte-americana, mais moderna que a francesa. Apesar do treinamento deficiente e da falta de apoio e material por parte do então governo Brasileiro, na Itália abastecida e treinada pelos padrões Americanos a FEB cumpriu as missões a ela delegada pelo comando Aliado combatendo tropas experientes calejadas por anos de campanha, tendo ao final contribuído para a rápida rendição das tropas alemãs na Itália.
Nova República (1945-64)
Quando Vargas sucedeu a Dutra, o exército se manteve relativamente neutro na política até a crise que levou ao suicídio de Vargas. Em novembro de 1955, o general Lott liderou movimentação militar que garantiu posse ao presidente e vice-presidente eleitos nas eleições do mês anterior, Juscelino Kubitschek e João Goulart. No entanto, com as novas crises geradas após a renúncia de Jânio Quadros, e a inabilidade dos que o sucederam em geri-las; o exército passou, primeiro a considerar e depois a trabalhar para concretizar a hipótese de voltar a administrar o país sem oposição.
O período de poder exercido pelo exército iniciado em 1930 dividiu-se em 2 partes; a primeira que durou 15 anos, teve a frente Getúlio Vargas. Os eventos que levaram a participação do Brasil na II Guerra Mundial e a pressão da sociedade civil pela redemocratização do país, levaram os militares a afastar Getúlio logo após o conflito. Na eleição que se seguiu, iniciou-se a parte final deste período, quando o candidato do exército, o general Dutra venceu o candidato da aeronáutica, o brigadeiro Eduardo Gomes.
Regime militar no Brasil (1964-1985)
Com os eventos de março de 1964, iniciou-se o último período no qual o exército regeu os destinos do País. Entre 1964 e 1974, a chamada "linha dura" do Exército extinguiu pouco a pouco as garantias democráticas, além de proibir eleições para cargos executivos estaduais, nacional, e em municípios importantes.
No auge da chamada Guerra Fria, com a oposição formal anulada, militantes de esquerda recorreram à guerrilha. O período de maior repressão política ocorreu durante o período Médici, conhecido como "anos de chumbo", no qual a oposição armada foi derrotada. O descontentamento de parte da população causado pelo desgaste natural de anos de poder ditatorial, somado à primeira crise do petróleo de 1973, se refletiu na derrota do partido do exército nas grandes capitais, e principais estados, nas eleições para o Senado em 1974. A crise de credibilidade gerada pelos assassinatos do jornalista Vladimir Herzog e do sindicalista Manoel Fiel Filho, entre outros, numa época em que a oposição armada já se encontrava há muito eliminada; mais a pressão por Democracia exercida pelo presidente americano Jimmy Carter, deram à "ala moderada" do exército, liderada pelos generais Geisel e Golbery, mais força para vencer a resistência da ala dura em relação a um processo de abertura, ainda que lento e gradual.
A segunda onda de greves operárias na região do Grande ABC, somada à segunda crise do petróleo, coincidiram com a promulgação da Lei da Anistia em 1979. Lei esta, que proporcionou o retorno dos exilados, atendendo a anseios da população. Com o início da década de 1980, o descontentamento popular, agravado pelos efeitos da hiperinflação e da crise da dívida externa, só aumentaram as demandas pela volta do Brasil à Democracia. Demandas estas que chegaram ao ápice entre 1983-84. Assim, pouco a pouco, o exército se viu forçado ao retorno à caserna.
Atualidade (1985)
Com a promulgação da constituição, em 1988, o Exército e as demais Forças Armadas se afastaram do núcleo político brasileiro, voltando-se para suas missões constitucionais.
Com o novo cenário internacional após o fim da bipolaridade Estados Unidos - União Soviética, o Exército foi chamado a respaldar a política externa brasileira, passando a atuar em diversas missões de paz patrocinadas pela ONU, tais como em Angola, Moçambique e Timor-Leste, além de enviar diversos observadores militares para várias regiões do mundo em conflito. No ano de 2004, o Exército Brasileiro passou a comandar as forças de paz que se encontram no Haiti.
Em novembro de 2010, a pedido do governador do Estado do Rio de Janeiro, foram enviados cerca de 800 soldados da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército para participar da operação que terminou com a invasão do Conjunto de favelas do Alemão. As tropas chegaram no entorno do morro com cerca de 60 veículos por volta das 15 horas do dia 26 com a missão específica de cercar e isolar a área que seria invadida pela polícia.
Apesar de não terem participado da invasão, os soldados trocaram tiros com os criminosos enquanto cumpriam a missão de proteger o perímetro. Em 2012, o Exército terminou sua participação nessa operação, deixando-a a cargo da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Parabéns a todos os militares que compõe a família Exército Brasileiro, que contribuem para a manutenção da ordem, segurança, paz e soberania nacional.
O MEU SANGUE NÃO É VERMELHO PETISTA E MUITO MENOS VERMELHO COMUNISTA!
MEU SANGUE É VERDE OLIVA! EXÉRCITO BRASIL.
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