quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Delegada Kazumi Tanaka fala do curso de capacitação de proficionais do sistema de segurança pública, para atendimento de mulheres em situação de violência



                                  Dra. Kazumi Tanaka/Delegada especial da mulher




A Delegacia Especial da Mulher (DEM) está aprimorando sua estrutura e fortalecendo sua política de proteção às mulheres em situação de violência. Segundo a delegada titular Kazumi Tanaka, profissionais da segurança serão selecionados para participarem do curso para o atendimento das vítimas, proporcionando-as um acolhimento humanizado e orientação na busca por seus direitos.

“Conseguimos a aprovação de um projeto que foi encaminhado para a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). Ele busca proporcionar aos profissionais de todas as instituições do sistema de segurança a possibilidade de ofertar à mulher em situação de violência o atendimento humanizado e qualitativo no sentido de informá-la acerca de seus direitos, poder indicar o caminho que ela pode seguir pra sair daquela situação de violência. É um projeto que, para o sistema de segurança, será fundamental para a melhoria do atendimento de todas as mulheres, por todas as corporações”, afirmou a delegada Kazumi Tanaka, titular da DEM.

A capacitação terá carga horária de duas semanas e tem como objetivo profissionalizar 320 integrantes do sistema de segurança pública — entre policiais civis, policiais militares e bombeiros militares — em São Luís e Imperatriz. “Serão proporcionadas aos agentes disciplinas específicas que tratam a respeito dos direitos da mulher, da questão da legislação — referente a mulher em situação de violência. Tudo isso vai ser abordado. Estamos, agora, entrando em contato com a empresa vencedora da licitação para que nós possamos adaptar o quadro das aulas, fazer a escolha dos departamentos profissionais que irão ministrar esse curso e proporcionar à população do nosso estado melhorias na qualidade do atendimento à mulher que passa por algum tipo de violência”, contou a delegada Kazumi, acrescentando que o curso de capacitação será oferecido de maneira regular. “Pretendemos que esse curso seja proporcionado de maneira regular a todo o quadro do sistema de segurança público para que nós possamos, cada vez mais, proporcionar às mulheres e a população de uma maneira geral um atendimento de qualidade.”

Aquisição de novos equipamentos e viaturas   
Um projeto elaborado pela DEM, em parceria com Assessoria de Planejamento da SSP (Asplan), para aquisição de equipamentos e viaturas destinadas às unidades de defesa da mulher reforçará as ações efetivas desempenhadas pela Polícia Civil no Maranhão. “Nós re
cebemos verbas do Governo Federal para a compra de novas viaturas, bem como adquirir materiais permanentes [mesas, cadeiras, computadores completos com impressoras multifuncionais], para que a gente possa garantir uma estrutura melhor para as Delegacias da Mulher [uma localizada na capital e 18 regionais] do nosso estado”, revelou a delegada.



Atuação nos bairros
Além do trabalho desempenhado na Delegacia da Mulher, atividades preventivas também são desempenhadas em bairros de cidades maranhenses, a fim de fomentar as políticas de enfrentamento aos crimes de violência. “Nosso trabalho é diferenciado. A gente foca não só no trabalho investigativo e repressivo, mas também no preventivo, indo até as escolas de bairros mais carentes ou de bairros em que a condição financeira é maior; empresas; universidades; associações; espaços que somos chamados para proferir palestras ou participar de diálogos com os movimentos femininos. Com essas discussões, pretendemos atender as demandas que as mulheres nos apresentam. E eu falo mulheres em todas as suas diversidades. As mulheres lésbicas, as mulheres com deficiência, as mulheres negras, as mulheres do campo, as mulheres dos sindicatos. Todas, todas essas mulheres precisam ser visibilizadas”, destacou a delegada.

Orientação em casos de violência
Segundo a delegada, as mulheres vítimas de violência doméstica não podem permitir que as agressões se tornem rotina em suas vidas. “Os primeiros sinais de violência, principalmente psicológicos [os mais comuns], devem ser observados e reprimidos. De que maneira? Colocando um freio naquele comportamento agressivo a ela, solicitando providências juntamente aos órgão competentes ou findando aquele relacionamento. O fato é que ela tem que procurar ajuda se necessário. Não pode esperar que algo pior aconteça.  Quanto mais tempo ela demora pra tomar uma atitude, pior. Porque ela perde as forças, as relações de amizade, uma mão amiga que estende e que pode ajudá-la a sair daquela relação”, alertou.


Em uma situação de maior urgência, a vítima ou testemunha de uma agressão pode ligar para o 190 ou para o Disque-Denúncia através do 3223-5800.






Por/Allef Garcia/SSP - MA
Fotos e Reportagens/Stenio Johnny



                                                                                       Assista aqui a matéria
                                                                       https://youtu.be/Cri26F9o_ZY


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