Estão sendo construídas mais 9 unidades prisionais, sendo uma na capital (Presídio São Luis III) e mais 8 nos municípios Coroatá, Timon, Imperatriz, Pinheiro, Magalhães de Almeida, Pedreiras, Santa Inês e São Luis Gonzaga. Nessas obras, a Sejap está investindo recursos que ultrapassam R$ 80 milhões, oriundos do empréstimo obtido pelo Governo do Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do convênio com o Ministério da Justiça por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Com a entrega das nove novas unidades prisionais serão abertas 2.665 vagas em todo o estado.
Além das construções, a Sejap já deu início à reforma e ampliação de outros três estabelecimentos prisionais, localizados nas cidades de Codó, Açailândia e Balsas, que abrirão juntos, mais 318 vagas. No mês de maio, foi finalizada a reforma da Casa de Detenção, abrindo 500 vagas.
Obras
Com as duas unidades prisionais São Luis III e de Coroatá, que estão com 83,97% e 82,29% concluídos, respectivamente, serão abertas mais 700 vagas, sanando o déficit apontado no levantamento do CNJ. A previsão é que elas sejam entregues até o mês de agosto.
“São unidades que atendem a um padrão com uma estrutura com o que há de mais moderno para na área de engenharia de construção de presídios. Algumas obras estão sendo feitas de maneira modular, com rápida conclusão e que garantem total segurança, além de ter espaços em que eles poderão desenvolver diversas atividades educacionais e culturais”, observou Uchoa.
Monitoramento Eletrônico
Até o final deste mês, a Sejap vai implantar o Centro de Monitoração Eletrônica de Presos, que funcionará na Escola de Gestão Penitenciária (Egepen). Inicialmente, a medida alternativa de cumprimento de pena, irá beneficiar 400 internos, número este que chegará a 1 mil unidades nesta primeira etapa.
“Aliados aos investimentos em construção, reforma e ampliação de unidades prisionais, estamos implantando o uso das tornozeleiras eletrônicas. Essa é uma medida que vai contribuir sobremaneira para diminuir a população carcerária nos presídios. É uma ferramenta moderna e eficaz, que dará um maior controle dos internos que cumprem pena em regime semiaberto e domiciliar, o que trará bons resultados para o Maranhão”, pontuou o secretário.
Além das tornozeleiras eletrônicas, o Núcleo de Monitoramento aos Egressos em Geral (Numeg) da Sejap ajudará no acompanhamento, através de visitas e do encaminhamento dos beneficiários e da família dele aos setores necessários. Segundo o secretário, esse é o grande diferencial, pois haverá a sintonia entre o controle humano e o eletrônico, gerando o ciclo completo do monitoramento e visando a ressocialização dos egressos.
Dados
No mais novo diagnóstico de pessoas presas no Brasil, o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (MDF), responsável pelo agrupamento dos dados, aponta que em comparação ao número de presos provisórios, o Maranhão tem um déficit menor que o de Amazonas, que é de 3.615, seguido por Mato Grosso 3.689 e Rio de Janeiro 6.574.
O estudo aponta ainda que em relação ao déficit de vagas dos presos provisórios somado ao número dos que cumpre prisão domiciliar (2.226), o Maranhão ocupa a oitava colocação com o menor déficit. Nesta escala, os dados do MDF indicam que o déficit é de 3.040. Em estados como São Paulo, o déficit chega a mais de 90 mil. Já Pernambuco tem um déficit de 21.193 e Minas Gerais, de acordo com o CNJ, apresenta uma deficiência de vagas também superior a 21 mil.
O Maranhão permanece abaixo da Bahia, Paraíba e Goiás. Santa Catarina, nesta categoria, apresenta um déficit de 19.249, Distrito Federal tem 12.906. Já o Paraná também apresenta um número com número alto em relação ao Maranhão. Naquele estado, o déficit gira em torno de 10.105 vagas.
Atualmente, a população carcerária nos estabelecimentos prisionais do Brasil é de 567.655 presos. O Maranhão tem 6.315 mil apenados, o que representa 1.11% do universo carcerário. Levando-se em conta também as pessoas que cumprem pena em prisão domiciliar nas 27 unidades da federação, esse número chega a 715. 655. O Estado tem 8.541 presos, perfazendo um percentual de 1.19%.
Fonte/Glauber/Ascon Sejap
Fotos/Clayton Monteles
Coordenao/Maud Zaidan
O Secretário da Sejap falou à reportagem do Sjnotícias sobre a matéria divulgada pelo CNJ
Assista aqui a entrevista.
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