terça-feira, 8 de outubro de 2013

Centro do Rio amanhece com marcas de destruição após protesto


Agência bancária amanheceu destrúida nesta terça-feira (8) (Foto: Ronald Senra/G1)
Após o grande protesto realizado no Centro do Rio na noite de segunda-feira (7), a região amanheceu  com rastros de destruição nesta terça (8). Na Avenida Rio Branco, esquina com a Rua Santa Luzia, várias agências bancárias foram depredadas e  pichadas, e também tiveram os caixas eletrônicos e vidros e portas quebradas. Na ação, pelo menos 15 manifestantes foram detidos e levados para a 5ª DP (Mem de Sá). Um deles era menor de idade, conforme mostrou o Bom Dia Rio.


A passeata, que começou pacífica, reuniu milhares de pessoas — 10 mil, segundo a Polícia Militar, e 50 mil, de acordo com o sindicato de professores. Entre as reivindicações, melhores salários para os docentes (entenda).  No entanto, às 20h30 começou mais uma noite repleta de cenas de vandalismo, causada por uma minoria de ativistas mascarados.

O grupo seguiu quebrando bancos, placas, pontos de ônibus e fazendo fogueiras com lixo e entulho por ruas do Centro, Glória e Lapa. Um ônibus foi incendiado próximo ao Cine Odeon, ainda na Cinelândia. Bombeiros controlaram o fogo. Ninguém ficou ferido. Outro coletivo, desta vez perto dos Arcos da Lapa, foi depredado. Segundo a Rio Ônibus, foram mais de dez veículos quebrados.


Centro do Rio amanhece com marcas de destruição após protestos (Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Centro do Rio amanhece com marcas de destruição 
Após protestos (Foto: Alessandro Buzas/Futura 
Press/Estadão Conteúdo).

A depredação chegou também ao Theatro Municipal, outro prédio centenário do Centro, ao lado da Câmara. Na sede do Legislativo, segundo a assessoria de imprensa da casa, agentes do grupamento especial da Guarda Municipal e o efetivo da Coordenadoria Militar conseguiram impedir a invasão. Os vândalos jogaram galões de gasolina e bombas caseiras pelas janelas, na tentativa de incendiar o prédio. A parte externa foi pichada com palavras contra o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral.

Um homem que se aproveitou do tumulto foi preso após ser achado com quatro aparelhos de televisão e pares de chinelo, em um ponto de ônibus próximo à Central do Brasil. A polícia investiga se ele furtou os produtos durante a confusão. Em depoimento, o preso negou o crime e disse que apenas recebeu o material. Ele foi autuado por receptação e, segundo a polícia, tem cinco passagens por furto na mesma região.

Manifestação reuniu professores e estudantes no centro do Rio de Janeiro. (Foto: Christophe Simon/AFP)
Professores usaram 'escudos' de cartolina contra a
violência policial (Foto: Christophe Simon/AFP)
Câmara sem expediente nesta terça


Devido à depredação, a administração da Câmara Municipal informou que não haverá expediente nesta terça-feira (8). O prédio ficará fechado para a realização de perícia policial. "Apesar do incidente, a Câmara do Rio reforça que respeita os professores municipais e que estará sempre aberta ao diálogo democrático. Reconhece também que é legítimo o ato público promovido pela categoria e está ciente de que vândalos e baderneiros se infiltraram no movimento com claro propósito de destruir a sede do Legislativo Municipal".


TJ mantém decisão pelo fim da greve


O Tribunal de Justiça do Rio negou na segunda o recurso do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) contra a liminar que obriga os professores da rede municipal a voltar ao trabalho, sob multa de R$ 200 mil por dia. A decisão autoriza a prefeitura a cortar o ponto dos docentes a partir do dia 3 de setembro.


Plano de cargos de professores


Um grupo de vereadores da oposição esteve também na segunda-feira com a juíza da 5ª Vara de Fazenda Pública, Roseli Nalin, para conversar sobre a decisão da Justiça que poderia suspender em caráter liminar a votação do plano de cargos e salários aprovado no último dia 1º.  Segundo os vereadores, a juíza informou que vai solicitar outras informações para a Câmara sobre os fatos ocorridos no dia da votação e a decisão deve sair até quarta (9).


7 de outubro - Policial caminha em frente a ônibus queimado por black blocs durante protesto no Rio. A manifestação é para exigir mudanças no sistema de ensino público estadual e municipal. (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Policial caminha em frente a ônibus queimado por black blocs durante protesto no Rio. A manifestação é para exigir mudanças no sistema de ensino público estadual e municipal. (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Fonte/Do G1 Rio 


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