sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Em reunião na madrugada, Marina discutiu, futuro politico diz Deputado




Marina Silva acompanha sessão do TSE sobre registro da Rede (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Marina Silva durante sessão do TSE que rejeitou registro da
Rede para 2014 (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters


A ex-senadora Marina Silva se reuniu ao longo de toda a madrugada desta sexta-feira (4) com apoiadores políticos para discutir que decisão vai tomar com relação à disputa das eleições de 2014. O encontro, em um apartamento em Brasília, ocorreu após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter rejeitado o pedido de criação do partido de Marina, o Rede Sustentabilidade, por falta do número mínimo de assinaturas de apoio.

Com a rejeição do TSE, Marina, que aparece nas pesquisas eleitorais como a segunda colocada na disputa para presidente da República, terá que se filiar a um partido até este sábado (5) se quiser disputar o pleito de 2014. A lei determina que um candidato esteja filiado a partido no prazo de um ano antes das eleições.

Segundo o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), um dos mais próximos aliados de Marina, a reunião contou com cerca de 50 pessoas, com "graus de envolvimento diversos", como os deputados do PDT Reguffe (DF) e Miro Teixeira (RJ) e o deputado Walter Feldman (sem partido-S
Sirkis afirmou que muitos dos presentes pediam que Marina se filiasse a um novo partido para poder disputar as eleições, mas que nenhuma decisão foi tomada ainda.

"Todos querem que ela seja candidata. Mas a decisão é de foro íntimio da própria Marina. Ela tem que decidir se quer se filiar ou não", disse o deputado.
Sirkis afirmou também que a reunião foi "muito emocional", porque ocorreu logo após a decisão do TSE de rejeitar a criação da Rede. Ele disse que, por conta das discussões, acabou se "aborrecendo" e deixou o apartamento antes de o encontro terminar.

Antes de o pedido da Rede ser julgado pelo TSE, Marina já havia sido sondada por outros partidos, como o PPS e o PEN. Ela, no entanto, dizia que não trabalhava com "plano B".
A assessoria da ex-senadora informou que no início da tarde desta sexta ela vai dar entrevista coletiva para anunciar sua decisão sobre a filiação ou não a um novo partido. Antes, o grupo deve ter ainda uma nova reunião.

Segundo reportagem do jornal "O Globo" desta sexta, pessoas presentes à reunião disseram que Marina ouviu muito mais do que falou. Ainda de acordo com o jornal, a ex-senadora abriu o encontro agradecendo o apoio dos aliados e destacando o fato de todos os ministros do TSE terem elogiado a lisura do pedido da Rede. Diante das falas longas dos aliados durante a reunião, Marina chegou a pedir "poder de síntese" em alguns momentos.


 Decisão do TSE
Por 6 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu nesta quinta-feira (3)  não conceder registro à Rede Sustentabilidade.

O único ministro a votar a favor da criação do partido foi  Gilmar Mendes. Os outros seis votaram contra (Laurita Vaz, João Otávio de Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio e Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia).

Segundo o TSE, Marina comprovou apoio de 442 mil eleitores em assinaturas validadas pelos cartórios eleitorais, mas a lei exige 492 mil, o equivalente a 0,5% dos votos dados para os deputados federais nas últimas eleições.

O tribunal converteu o pedido de criação da legenda em "diligência", o que permite que Marina apresente mais assinaturas. No entanto, como o prazo para concessão de registro termina no sábado (5) e até lá não haverá nova sessão da Corte eleitoral, o partido não poderá participar da disputa de 2014.

Após o julgamento, ainda no plenário do TSE, Marina Silva se dirigiu aos apoiadores da Rede: "Ainda somos um partido. Não temos registro, mas temos o mais importante: temos ética. Vamos ficar mais fortes."

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