Maria Arlene ex-prefeita de Dom pedro
A Secretaria de Segurança Pública apresentou, na tarde desta quinta-feira (19), resultados da 2° fase da “Operação Imperador” coordenada pela Polícia Civil e executada pela Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (SECCOR), com apoio operacional das Seccionais Norte e Leste. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva expedidos pela comarca de Dom Pedro em descrédito da ex-prefeita, Maria Arlene Barros Costa, que respondia pela prefeitura do município nos anos de 2009 à 2012, Rodrigo Barros Amâncio Sobrinho, ambos presos no bairro Renascença; Debora de Oliveira Amaral, presa no Bairro do Turu e Zacarias Neto Moreira Mesquita, preso em Imperatriz.
O superintendente da SECCOR, Roberto Fortes, explicou a efetivação da 2° fase dessa ação, voltada especificamente á ex gestora de Dom Pedro, Maria Arlene, que diante de inúmeras investigações e em decorrência de denúncias oferecidas pelo Ministério Público, é acusada da prática de crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e licitações fraudulentas voltadas para fraudes e desvios na merenda escolar.
Os suspeitos Debora de Oliveira e Zacarias Neto serviam na constituição de empresas de fachada em nome de “laranjas” para vencer licitações no referido munícipio, concernentes ao fornecimento de merenda escolar e realização de obras públicas. E Rodrigo Barros atuou principalmente na contratação de locadoras de aluguel de veículos nunca alugados. Consta, ainda, a transferência bancária de mais de 9 milhões de reais, realizada pela ex-prefeita, para a conta de pessoa física do seu próprio filho, Eduardo José Barros Costa, seu principal aliado, também conhecido como “Imperador”, o líder maior desses esquemas fraudulentos. Daí a origem do nome da “Operação Imperador”. Eduardo possui mais de três Certidões de Pessoas Físicas (CPF), duas certidões de nascimento, duas cédulas de Identidade (RG) e dois títulos de eleitor.
O Secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, destacou que “É preciso largar de brincadeira em relação a quem desvia o dinheiro público”. “Não se pode fazer graça com isso. O ladrão de rua rouba um celular, um carro e isso é um ataque a um bem individual, é grave, merece repressão. Os autores de desvio de dinheiro público, a conduta deles atinge a coletividade, na prática de lesividade social”, acrescentou.
“Tanto a polícia quanto o ministério público, não trabalham visando identificar partidos políticos; trabalhamos em cima de fatos, autorias e prática de crimes. O nosso papel é cumprir a legislação, fazer um acompanhamento junto a todos os inquéritos policiais instaurados e essa parceria é em defesa da sociedade, junto com a SECCOR”, enfatizou o Promotor Público Marco Aurélio.
Prosseguimento da Operação Imperador
A 2ª Fase da Operação Imperador tem a finalidade de coibir e inibir os desvios de verbas públicas de prefeituras nos municípios maranhenses. As investigações procedem desde o ano de 2012 quando aconteceram as prisões dos empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pai e filho, acusados de mandar matar o repórter Décio Sá, vitimado na Av. Litorânea, em São Luís. O jornalista os teria denunciado de comandar um esquema de agiotagem em 42 prefeituras do Maranhão. Ainda nesta operação de combate à corrupção, foram descobertas dezenas de empresas que usavam nomes falsos objetivando fraudar licitações referentes aos recursos da merenda escolar e medicamentos hospitalares.
O Delegado Geral de Polícia Civil, Lawrence Melo enfatizou que, “Esta operação é decorrente de investigações inerentes ao enfrentamento no combate à corrupção e agiotagem, por isso não está se inventando uma nova investigação, nem ação penal. Tudo é decorrente de atos que foram produzidos ao longo desses anos. Nós não inventamos as figurinhas que vão compor o álbum do combate à corrupção do estado e quem se colocou nesse álbum se prontificou a praticar crimes contra a sociedade maranhense, dilapidando o erário, tirando o dinheiro da educação dessas crianças”, disse.
Sob os presos pesam as acusações de desvios de recursos públicos, peculato, corrupção ativa e passiva, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro, ocultações de bens e capital e uma série de crimes cometidos por esta verdadeira organização criminosa que se implantou em Dom Pedro e outros municípios.
Os suspeitos foram autuados em flagrante delito e estão à disposição do poder judiciário, no Centro de Triagem de Pedrinhas.
Carolina Gomes e Mauro Wagner, da Ascom/SSP.
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