terça-feira, 20 de março de 2018

PM DAR DETALHES DA OPERAÇÃO E O NOME DE DUAS GRANDES EMPRESAS SÃO REVELADAS POR MORADORES DA LOCALIDADE ARRAIAL DA ZONA RURAL DE SÃO LUÍS-MA



A operação da Polícia Militar que deu início a desarticulação da mega Organização Criminosa, que vinha atuando no contrabando de mercadorias vindas do Suriname, tem detalhes que ainda não foram revelados para a imprensa.

Na manhã do domingo fomos até o local que  foi realizada a operação, onde foram presos vários policiais militares, inclusive um delegado e um advogado, por suposto envolvimento nessa organização criminosa. 

Ao chegar ao local, conversamos também com moradores da área, que nos revelaram o nome de duas empresas, cujo as suas carretas costumavam desembarcar dos navios mercadorias contrabandeadas.

Ao sair do local a reportagem SJNOTÍCIASMA se deslocou para um bairro no centro de São Luís, onde conversamos com alguns policiais militares que em off nos contaram detalhes do que realmente aconteceu naquele dia em que militares, delegado, advogado e um ex-prefeito foram presos.
                        
Vejam aqui os relatos dos fatos

Segundo o policial com quem conversamos, desde novembro, o SI do 21º BPMMA, comandado pelo Tenente-Coronel Harllan, estaria monitorando a localidade de Arraial, Zona Rural de São Luís-MA por conta de denúncias sobre um suposto envolvimento de policias militares em extorsão de traficantes naquela região.

Na noite da operação, equipes do GTM, do 21° Batalhão com apoio do BPMCHOQUE foram até ao local na tentativa de prender em flagrante, os supostos policiais envolvidos, pois tinham informações que os PMs agiam nos dias de folga e que nesse dia estariam atuando na área em dois veículos, um Corola e uma S10. 

Ao chegarem na área, o primeiro carro a ser abordado foi o Corola e nele estavam o delegado Tiago Bardal e o advogado que ao serem abordados se identificaram e  foram posteriormente liberados. As buscas continuaram até as guarnições do BPMChoque e GTM, chegarem a uma residência com uma área igual a dez campos de futebol.

O militar falou que o local era muito escuro, mau dava para ver a palma da mão, mesmo assim eles conseguiram pular o muro da residência e começaram a gritar:  Polícia! Polícia!, momento em que houve tiros de advertências, muitos envolvidos conseguirão fugir na escuridão, não sabendo dizer se eram militares ou civis.

Falou que na parte interna da casa encontraram o sr Rogério, ex- vice prefeito da cidade de São Mateus-MA, com muitas armas e munições e que a ele foi dado voz de prisão pelo GTM e Aspirantes que participavam da operação. Na mesma operação localizaram uma scânia  carregada de cigarros importados.

Ficamos surpresos com magnitude e complexidade do caso. Alí, ficou bem claro que não se tratava de extorsão de traficantes, mas sim de uma grande Organização Criminosa envolvendo civis e militares em contrabando de mercadorias vindas de outro país, o seja: Tratava-se de uma quadrilha internacional. Disse o militar!

O PM informou que o caso foi imediatamente comunicado ao tenente-coronel- Hallan e ao tenente-coronel Wellington comandante do BPMMACHOQUE, que imediatamente comunicaram ao nosso comandante geral coronel Pereira, tendo o comandante de imediato comunicado toda a situação ao secretário Jefferson Portela e quE ambos se decolaram até o local da operação

Meio a confusão uma S10 chegou ao local, ao ser feita abordagem, no veículo estavam o Major Rangel e mais três militares. O Major ainda quis intimidar os aspirantes que estavam na operação e pediu que o ex- vice prefeito Rogério fosse liberado.

A confusão só acabou com a chegada do tenente-coronel Wellington juntamente com o tenente-coronel Harlan. O comandante do BPMCHOQUE Wellinton deu voz de prisão ao major Rangel. Três marinheiros foram também detidos na operação e posteriormente liberados. Conclui!

No bairro do Quebra-Pote Zona Rural de São Luís-MA, conversamos com vários moradores que ainda estavam assustados com a operação que foi realizada naquela localidade, com prisões de militares e civis, apreensão de armas, munições e mercadorias contrabandeadas, dentre elas estavam, cigarros e Whiskys importados,  onde o lucro aproximado estaria calculado segundo a polícia algo em torno de mais de 100 milhões de reais.

Convencemos um morador a nos levar até a localidade Arraial local da operação. chegamos a ficar bem próximo a residência onde tudo foi descoberto, mas por medida de segurança saímos logo daquele lugar.


Conversamos então com uma ex-namorada de um policial militar que atuava na organização criminosa. Ela falou ao repórter Investigativo Stenio Johnny, que conheceu o militar em dezembro de 2017, em uma festa na localidade Arraial onde a partir daí, eles começaram a ter um coloquio amoroso e  que a partir daí ele passou a ajuda-la. Completou!

Disse que no mês de fevereiro ela perguntou ao PM, porque na a maioria das vezes que ele ia era sem farda. O militar falou pra ela a principio que fazia parte do velado da PMM, e que a função deles na área era da cobertura no descarregamento de mercadorias que vinha para os grupos: Mateus e Ricardo Eletro.

Como o carregamento vinha de navio e por ser aquela localidade, considerada uma área de risco, onde bandidos poderiam saquear as mercadorias. O militar e uma equipe de PMs, tinham recebido ordens do seu  superior para escoltar as carretas das duas empresas. Disse o policia a namorada!
       
No meado de fevereiro pedi a ele que arranjasse um emprego para o meu irmão que é ajudante de pedreiro e estava despregado passando necessidades.  Perguntei se ele não podia conseguir uma vaga no Porto, pois eles contratavam pessoas para fazer descarregamento e  carregamento das mercadorias que vinha dos navios.

Ele me olhou e disse! Princesa não se preocupe que vou conseguir um emprego de pedreiro para o seu irmão, mas em outro lugar  fora daqui, essa zona é um campo minado. Falou!

Disse-me vou te contar uma coisa e que fique apenas entre nós. Esse carregamento trata-se de mercadoria contrabandeada de outro país. Colocar o seu irmão para trabalhar aqui, é colocar a liberdade dele em cheque.

Falou que ele tinha pedido pra sair do esquema e que estava indo pra um outro batalhão. Que ali era um QG, onde cada um tinha uma função. Informou que o Major Ganhava 50 mil reais e que ele ganhava só 15 mil por mês para atuar na operação, mas ele já estava saindo pois tinha certeza que aquilo alí ia dar em merda puxada a balde furado e que ele estava sentindo que o grupo estava sendo monitorado.

Topei a parada poque estava super endividado! Agora que já paguei minhas dividas vou sair antes que a casa caia. Disse o Militar.

A namorada do PM informou ainda a nossa reportagem, que era de costume se ver carretas dos grupos Mateus e Ricardo Eletro. Falou que nem ela e nem os moradores, sabiam que se tratava de mercadorias contrabandeadas. Disse que só tomou conhecimento pelo namorado militar, que após  falar tudo pra ela, evadiu-se e nunca mais a procurou. Comentou! 

Tentei falar várias vezes com ele e não consegui! Agora depois que a bomba explodiu, vejo que foi o melhor que ele fez. Pulou do navio antes dele se afundar!

Era costumeiro se ver viaturas e carros descaracterizados na área, mas achávamos normal, pensávamos que eles estivessem fazendo ronda para nos proteger dos bandidos e traficantes, não sabíamos que estávamos rodeados de policiais que agiam para proteger bandidos. Completou a ex-namorado do PM.



                                 
                                       Operações Jornalísticas Investigativas Especiais
                                                                           OJIE




                                                                                               Por: Stenio Johnny
  Radialista/Repórter Investigativo
                                                                        RI/RPJ-MA 00015
                                 



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