sexta-feira, 2 de maio de 2014

Cinco mulheres presas em abril tentando levar celulares para detentos



Gabriella foi presa em flagrante quando iria levar aparelho para companheiro na UPR do Olho d'Água

Gabriella foi presa em flagrante quando iria levar aparelho
para companheiro na UPR do Olho d'Água
A entrada de celular e outros aparelhos similares nos estabelecimentos penais brasileiros é hoje, sem dúvida, um dos mais graves e complexos problemas que desafiam a Administração Penitenciária de todas as unidades da federação, especialmente pelas consequências maléficas.

Na manhã de ontem, quarta-feira (30), uma mulher foi flagrada tentando entrar com telefone celular, escondido nas partes íntimas, na Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) Olho d'Água. Ela foi detida por agentes penitenciários durante revista pessoal antes de encontrar com a pessoa que seria visitada.

A mulher foi identificada como Gabriella Marcia de Azevedo Serra, de 20 anos. Ela foi encaminhada imediatamente para o 7° Distrito Policial, localizado no Turu. Com este caso, sobe para cinco o número de mulheres que foram detidas tentando entrar com celulares em presídios do Sistema Prisional da capital, somente neste mês de abril.
As mulheres detidas por esta prática delituosa são, na maioria das vezes, parentes dos internos, principalmente esposas.

Outros casos

No último sábado (26), outra mulher foi presa por tentar entrar com um aparelho na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas. Ela foi identificada como Taís Cristina Marques e iria entregar o celular ao esposo, que cumpre pena na unidade prisional. Taís foi encaminhada ao Plantão de Polícia Civil da Vila Embratel.

No dia 19, Jesyca Luiza Costa da Conceição, foi detida pelo serviço terceirizado da CCPJ de Pedrinhas durante visita a um detento. Ela tentou entrar no presídio com um celular em um saco de farinha.

Jesyca foi encaminhada para o Plantão da Vila Embratel, onde foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), depois liberada.

O caso que mais chamou a atenção foi o da enfermeira identificada como Gisele da Silva Pacheco, que trabalhava no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Ela foi detida no dia 17. Gisele estava com quatro celulares, que seriam entregues a detentas do presídio Feminino de Pedrinhas. De acordo com informações policiais, ela foi detida após uma revista pessoal.

A mulher, que teria recebido R$ 300 para transportar os aparelhos, foi imediatamente encaminhada para o 16° DP, na Vila Embratel. Durante o depoimento, a suspeita revelou que os aparelhos seriam entregues a detentas que estavam planejando uma fuga em massa.

De acordo com informações, ela é casada com o filho do coronel PM Franklin Pacheco, ex-comandante da Polícia Militar do Maranhão, que foi substituído pelo coronel Zanoni, no início do ano.

No início do mês de abril, mais precisamente no dia 6, uma mulher grávida de sete meses estava com um celular dentro da vagina e tentou entrar em uma unidade prisional do Complexo de Pedrinhas.

Ela foi identificada como Lidiane Pereira Salles, de 23 anos. O detector de metais apontou que a gestante estava com algo em seu corpo, o que se confirmou após ser feita uma revista íntima na mulher.

Ela foi imediatamente encaminhada ao 16° Distrito Policial, localizado na Vila Embratel, onde foi autuada em flagrante. Será aberta uma investigação para saber quem seria o preso beneficiado com o telefone celular.


Lei e Pena
A Lei que as pessoas violam quando tentam entrar em uma unidade prisional com um aparelho celular é a número 12.012 de 06.8.2009[4], a qual acrescenta ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal Brasileiro, no Capítulo III, denominado Dos Crimes Contra a Administração da Justiça -, o art. 349-A, tipificando o ingresso de pessoa portando aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional, prevês uma pena de detenção de três meses a um ano.


Fonte/O Imparcial

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