segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cinegrafista atingido por rojão era 'generoso' e 'parceiro', dizem colegas


 

  O cinegrafista Santiago Andrade teve morte cerebral decretada nesta segunda-feira (10) (Foto: Arquivo Pessoal)
 O cinegrafista Santiago Andrade, morto aos 49
anos (Foto: Arquivo Pessoal

 
O cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, que teve morte cerebral nesta segunda-feira (10), quatro dias após ser atingido na cabeça por um rojão, enquanto cobria uma manifestação no Rio de Janeiro, nunca gostou de briga e estava sempre pronto para ajudar, segundo amigos e colegas de trabalho que prestaram homenagem a ele nesta segunda. "Nunca vi ele enrolado em briga, nunca gostou de briga, sempre afastou. Ele gostava era de ajudar todo mundo. Ele era um parceiro", afirmou o colega José Arnaldo dos Santos, em entrevista ao Jornal Nacional (veja no vídeo acima).
Santiago tinha 49 anos e deixa três enteados e uma filha, que seguiu o caminho do pai e se tornou jornalista. Após a morte cerebral do cinegrafista, a família de Santiago decidiu doar seus órgãos.
 
"Sabe aquelas pessoas assim que são fáceis de gostar? Uma das pessoas mais fáceis de se gostar que eu conheci", disse o amigo Alexandre Tortoriello.
Santiago trabalhava havia dez anos na TV Bandeirantes.  Ele chegou a viajar por várias partes do mundo registrando imagens. Os dois prêmios de jornalismo que conquistou foram por reportagens sobre transportes, ônibus lotados, trens atrasados e a dura realidade do Rio de Janeiro, cidade em que nasceu.
 
"O Santiago era um artista da sua profissão. Chamava ele até de Picasso: 'Você é o Picasso das câmeras porque você não filma, você pinta o que você faz'", relembrou o colega Felipe Barreto.
Na tarde desta segunda, jornalistas de vários veículos da imprensa oficial e de mídias independentes se reuniram na Candelária, no Centro do Rio, para homenagear o repórter cinematográfico.
 
Família
Filha de Santiago, Vanessa Andrade, de 29 anos, publicou em seu perfil no Facebook, na tarde desta segunda-feira, uma carta sobre a morte do pai. "Quando decidi ser jornalista, aos 16, ele quase caiu duro. Disse que era profissão ingrata, de salário baixo e muita ralação. Mas eu expliquei: vou usar seu sobrenome. Ele riu e disse: então pode!", escreveu a jovem.
Vanessa viu o trabalho do pai em grandes coberturas, como a das chuvas na Região Serrana do Rio em 2011. Desde junho do ano passado, ele passou a cobrir de perto as manifestações que se espalharam pelo Brasil.

Fonte/Do G1, com informações do Jornal Nacional

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