A convite da Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento Metropolitano III, e da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), por meio da Unidade Regional de São Luís, participou na última terça (07), das 21h às 00h, da fiscalização do transporte de animais e vegetais, bem como de seus produtos e subprodutos, na Estação Ferroviária de São Luís.
O objetivo da participação da Agência era averiguar se os passageiros portavam a documentação necessária para transportar animais, vegetais e alimentos dessas origens; e se o transporte destes era feito em condições adequadas. Após três horas de operação, foram apreendidos e inutilizados 26 kg de queijo, que estavam mal acondicionados e não possuíam nota fiscal. Este documento é obrigatório para produtos e subprodutos de origem animal por certificar a sua origem, assim, é possível saber se ele foi produzido dentro das normas higiênicas.
A ausência da nota também foi detectada na carga de outro passageiro que transportava 12 litros de leite cru, ou seja, que não havia sido fervido, pasteurizado ou passado por qualquer processo de beneficiamento. “É importante fazer esse tipo de apreensão, mesmo que seja em pequenas quantidades, porque, por exemplo, no caso do leite, a gente sabe que ele é um meio de cultura natural. Ou seja, ele pode veicular uma série de micro-organismos que causam doenças, como a febre aftosa, brucelose e tuberculose, e permitir que doenças que não são endêmicas nessa região possam ser trazidas por meio desse leite”, explicou o chefe da Regional São Luís da Aged, Assuero Batista Junior.
Da mesma forma que os produtos de origem animal, também foram apreendidas mudas de bacuripari por estarem sem atestado de origem, existindo, dessa forma, possibilidade de servir como veículo de pragas como a mosca da carambola.
Os passageiros que tiveram produtos apreendidos foram autuados e receberam orientações dos fiscais agropecuários. “O ideal é que ele respeite a temperatura de acondicionamento daquele alimento e saiba que cada alimento tem uma peculiaridade para o seu transporte. No caso de animais, ele tem que vir em um compartimento que permita seu bem estar e tem que estar acompanhado da Guia de Trânsito Animal”, esclareceu Assuero.
Serviço
O consumidor que quiser transportar alimentos de origem animal deve estar atento à nota fiscal do produto e ao volume, já que grandes quantidades podem não ser consideradas como destinadas ao consumo próprio. Além disso, para garantir que o alimento chegará ao destino próprio para o consumo, é importante seguir as seguintes orientações:
-Carnes em geral: devem estar congeladas e dentro de uma caixa térmica ou isopor com gelo;
-Leite: Deve ser pasteurizado;
-Queijo: existem alguns tipos de queijo que não precisam ser refrigerados, mas queijos como o muçarela, devem ser transportados com refrigeração (preferencialmente, mantendo a temperatura até 8ºC).
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