segunda-feira, 3 de agosto de 2015

PF inicia 17ª fase da Operação Lava Jato e prende o ex-ministro José Dirceu




O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, é conduzido por
policiais federais - Dida Sampaio / Estadão Conteúdo





PF (Polícia Federal) iniciou na manhã desta segunda-feira (3) a 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco, em alusão ao termo utilizado para nominar a propina recebida em contratos. José Dirceu, ex-ministro do governo Lula e condenado no Mensalão, é um dos presos. Ele cumpria prisão domiciliar em Brasília pelos crimes do Mensalão.
O ex- ministro está sob investigação dos policias por suposto recebimento de propinas disfarçadas na forma de consultorias. A empresa de Dirceu, a JD assessoria, já foi desativada. A operação tem autorização do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão preventiva do político.
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro José Dirceu, também foi preso na manhã desta segunda-feira. Silva é sócio da JD Consultoria, empresa do ex-ministro do governo Lula, e foi levado para a superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
Cerca de 200 policias cumprem 40 mandados judiciais em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. São 26 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e seis mandados de condução coercitiva.
Também foram decretadas medidas de sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros dos suspeitos. Entre os crimes investigados estão os de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Essa fase da Lava Jato se concentra em investigar responsáveis pelo pagamento e recebimento de vantagens indevidas em contratos com poder público, além do uso de “laranjas” nas transações.
Os presos serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba (PR).
JD Assessoria
A PF considera a JD Assessoria e Consultoria como integrante de um grupo de 31 empresas "suspeitas de promoverem operações de lavagem de dinheiro" em contratos das obras da Rnest (Refinaria Abreu e Lima), em Pernambuco. A construção do polo petroquímico foi iniciada em 2007, e deveria custar R$ 4 bilhões. Ao todo, a obra consumiu mais de R$ 23 bilhões da Petrobras.

O documento é o primeiro de uma série de perícias técnicas da Polícia Federal que apontam um porcentual de desvios na Petrobras de até 20% do valor de contratos. O porcentual é superior aos 3% apontados até aqui nas investigações da Operação Lava Jato, que incluía apenas a propina dos agentes públicos e políticos.

Habeas corpus preventivo
No começo de julho, Dirceu chegou a entrar na Justiça com um pedido de habeas corpus preventivo para evitar uma eventual prisão. O pedido foi negado, assim como o pedido de reconsideração.
Fonte/R7

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