quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Delegada especial da mulher, Kazumi Tanaka concede entrevista ao Sjnotícias


    Dra. Kazumi Tanaka/Delegada especial da mulher

A reportagem do Sjnotícias conversou com a Dra. Kazumi Tanaka, titular da delegacia especial da mulher, oportunidade em que ela falou da IX Jornada  da lei Maria da Penha, evento realizado em São Paulo, falou também da aplicabilidade da lei, das ocorrências registadas na delegacia da mulher, assim como das palestras que ela realiza nos bairros, escolas, zona rural,e em outras áreas da capital maranhense dando orientação as mulheres sobre como elas devem proceder pra enfrentar a violência doméstica.


Da IX Jornada da Lei Maria da Penha

A delegada Kazumi falou ao repórter Stenio Johnny que esse evento é  periodicamente realizado pelo CNJ, e contou com a presença dos membros do executivo, judiciário, ministério público, e outras carreiras jurídicas. com a participação especial da ministra da mulher Eleonora Menicucci, e a ministra do STF  Carmem Lúcia.

    Dra Tanaka ao lado da Ministra do STF
    Carmem Lúcia

Durante  a realização do evento foram tratados assuntos relativo a aplicação da lei Maria da Penha, das práticas dessa lei em outros estados das atividades, que foram realizadas neste ano e dos avanços obtidos, havendo assim uma troca de informações entres as participantes deste evento, foi sem dúvida um encontro de suma importância com vários temas abordados, sobre a violência doméstica familiar e e lei Maria da Penha.

Quanto a aplicabilidade da lei

Dra. Kazumi disse que, não vai ser apenas a lei Maria da Penha que vai transformar essa realidade, essa lei na verdade veio dar um impulso nas políticas políticas públicas de  enfrentamento a violência contra a mulher especificamente a violência  doméstica familiar.

Segundo a delegada da mulher, o que pode reverter este quadro além das políticas públicas é o fortalecimento do direito da mulher, com o fim da discriminação, da desigualdade entre homem e mulher, acabar com essa cultura machista  que ensina meninos e meninas, homens e mulheres a transformar um relacionamento amoroso em uma relação de poder, quando na verdade deveria ser uma relação de amizade.

Portanto e necessário o fortalecimento das políticas públicas de enfrentamento a violência contra a mulher, que esse fortalecimento possa ser feito com segurança, saúde, educação, trabalho e renda atarvés da inserção da mulher no mercado de trabalho.

Tudo isso ira contribuir para que as pessoas mudem as suas relações, e o seu comportamento para a partir daí, fazer prevalecer o respeito e o direito da igualdade entre o homem e a mulher. todas essas medidas aliadas ao comprometimento do governo em dar garantias a mulher do seu direito. Explicou Kazumi.

Delegada Kazumi/Ministra Eleonora Menicucci 


Atitudes que devem ser tomadas pela mulher  vítima da violência doméstica.


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 













Quanto as medidas que devem ser tomadas pela mulher vitima de violência domestica familiar, Dra Tanaka falou que a mulher deve procurar ajuda junto aos familiares e amigos, procurar a delegacia da mulher ou outra delegacia para registrar a ocorrência, que procure acima de tudo se cientificar dos seu direitos como mulher, procurando uma forma de dar um fim neste relacionamento, pois se ela se calar e aceitar esta situação pior vai ficar a vida dela, pois a cada dia ela vai perdendo o seu espaço como mulher, e cada vez mais ela vai se tornando dominada pelo seu namorado, parceiro, esposo ou de alguém que lhe faz vítima de qualquer tipo de violência, através de palavras, ameaças, tortura psicológica, espancamento, o outras formas de violência domestica familiar.

Procedimentos realizados na delegacia especial da mulher

Dra Kazumi falou que uma vez registrada a ocorrência, a mulher tem direito de solicitar medidas protetivas de urgência estabelecida pela lei Maria da Penha, abertura de um procedimento  policial investigativo, solicitação de uma rede de proteção a mulheres em estado de violência domestica familiar, pra isso ela tem que constituir um advogado, para que ele faça acompanhamento jurídico da demanda, para que outras medidas possam ser adotadas, como acompanhamento psicológico, inserção no mercado de trabalho, encaminhamento a organismos que promovem cursos de capacitação, dentre outras medidas que devem ser tomadas pra garantir o direito da mulher, tirando-a da situação de risco de violência doméstica familiar que ela se encontra. Conclui Dra Kazumi.


Kazumi Tanaka é uma delegada de luta, vitórias e conquistas dentro das causas voltadas as questões da mulher. Drª Kazumi não é apenas uma delegada de gabinete, ela gosta de ir a luta, conversar com as mulheres vítimas da violência doméstica, profere palestras em universidades, faculdades, escolas, centros comunitários, em bairros periféricos, na zona rural de São Luís, assim como no interior do estado.

Por onde a delegada Tanaka passa, as pessoas param pra ouvi-la, pois ela tem sempre uma mensagem de fé, amor, esperança e justiça para as mulheres que sofrem qualquer tipo de abusos. Drª Kazumi é uma pessoa simples, amiga, militante das causas da mulher brasileira, e está sempre pronta pra ajudar aquelas que a procuram, quer seja pra denunciar, ou pra ouvir uma orientação que possa dar a mulher condição de enfrentamento a violência doméstica.

Delegada Kazumi é a pessoa certa no lugar certo, está a frente da delegacia especial da mulher por mérito, por competência, por amor a causa, ajudando a combater a violência doméstica da qual milhares de mulheres no Brasil são vítimas diariamente.


Finalizando a entrevista a Delegada especial da mulher Kazumi Tanaka falou as mulheres que elas não devem se intimidarem, ao perceber que estão perdendo espaço em seu próprio lar, quando se sentirem de alguma forma ameaçadas, e essas ameaças passarem a ser fato concreto de violência contra a sua pessoa, que procurem os mecanismos do estado de defesa da mulher, que elas denunciem, e em situações emergências, elas podem ligar para o 190, ou para as viaturas que rondam os bairros, acionar o ministério público, defensoria pública, delegacia da mulher, acionar a justiça para que o seu agressor possa ser punido dentro da lei.

O que não pode acontecer é a mulher se calar ficando omissa a uma situação muita das vezes de risco por temer as ameaças do seu agressor, então é preciso que a mulher se vista de coragem e acredite na força de segurança do estado, acredite  na lei Maria da Penha, e não se deixe intimidar pelo seu agressor. Concluiu  Dª Tanaka.



Veja aqui a entrevista!


                                                      https://youtu.be/POZN686h_4M


                                            

                                          

                                                                 Por/Stenio Johnny
                                                     Radialista/Repórter Investigativo
                                                                 DRT/MA 0001541



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