quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Jurados condenam envolvidos em diversos homicídios na capital maranhense



Juris aconteceram em diversas varas no Fórum de São Luís


Cinco acusados de cometer homicídios na capital maranhense foram condenados pelo Tribunal do Júri nesta semana. Todos os julgamentos aconteceram no Fórum de Justiça de São Luís, no Calhau. Um dos condenados, Hilton Jonh Alves Araújo, conhecido como “Praga”, também é acusado de ser um dos mandantes dos ataques a ônibus na capital, em janeiro de 2014, motivo pelo qual encontra-se preso no presídio federal de Campo Grande (MS).
Consta na denúncia do Ministério Público que os dois acusados, a convite de outras pessoas, saíram armados e perseguiram as vítimas que estavam conversando na rua. Delson Bezerra Soares e Antônio Fernando Araújo Teixeira, conhecido por “Feijão”, foram assassinados a tiros, próximo à Delegacia do 8º Distrito (Liberdade).
Hilton e Josmar Azevedo foram condenados, respectivamente, a 40 anos e 10 meses e a 48 anos e 3 meses de reclusão, pelos assassinatos de Delson Bezerra Soares e Antônio Fernando Araújo Teixeira e tentativa de homicídio contra Charle Jefferson Machado dos Anjos. O crime aconteceu no dia 19 de dezembro de 2004, em uma rua localizada entre os bairros Liberdade e Camboa. O julgamento ocorreu nessa quarta-feira (25), no 4º Tribunal do Júri.
De acordo com os autos processuais, a dupla possui extensa ficha criminal e já foi condenada por outros crimes. O juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior, com base na decisão dos jurados, decretou a prisão de Hilton Jonh e também de Josmar Azevedo, conhecido como “Mata-gato”, que se encontra foragido. Os dois devem cumprir a pena em regime fechado, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Matou a companheira – Já o 2º Tribunal do Júri condenou a 16 anos de reclusão Josenilton Damázio Diniz, o "Tatu", que matou sua companheira, Luzinete de Fátima Conceição Almeida, com seis golpes de faca. O crime foi cometido no dia 11 de janeiro de 2014, na casa da vítima, na Vila Buriti, nas imediações do Bairro Cohafuma. O condenado responde processo por outro homicídio, ocorrido no Município de Alcântara (MA).
Em virtude da morte da companheira, Josenilnton já se encontrava preso no Centro de Ressocialização do Olho D'Água, de onde saiu para participar da sessão na quarta-feira (25). Na época do crime, ele tinha 30 anos e a vítima 50. Consta na sentença que o réu, que não tem uma profissão definida, convivia em regime de união estável com a companheira há três anos. Durante a sessão de julgamento, a filha da vítima disse que o acusado já havia agredido a sua mãe outras vezes.    
O juiz Gilberto de Mora Lima, que presidiu o julgamento, manteve a prisão preventiva do réu. Ele vai cumprir a pena em regime fechado na Penitenciária de Pedrinhas.
Vingança – Na segunda-feira (23), também no 2º Tribunal do Júri,  foi condenado a 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, Loran Felipe da Silva, hoje com 20 anos de idade, pela morte de Luis da Silva Santos, conhecido como "Velho". O assassinato aconteceu na localidade conhecida como Sítio das Carneiras, região da Vila Embratel, no dia 28 de maio de 2013. Loran responde a outros processos por homicídio e já foi condenado a 22 anos de reclusão por latrocínio.
Consta no processo que Loran Felipe disparou cerca de quatro tiros na cabeça de Luis da Silva Santos porque a vítima não fez o pagamento de dois celulares, produto de roubo, que havia recebido do acusado. O juiz Gilberto de Moura Lima manteve a prisão do réu, que já estava no Centro de Triagem de Pedrinhas, e determinou a notificação da Direção do presídio onde o mesmo se encontra recolhido, para que ali fique à disposição da Justiça até deliberação posterior.
Crime por encomenda – No 3º Tribunal do Júri, na terça-feira (24), foi condenado a 16 anos de reclusão aconteceu o julgamento de Tobias Pereira de Oliveira, acusado da morte de  Marco Aurélio Paixão Silva, no dia 21 de julho de 2010. No dia do homicídio, a vítima estava dentro de uma quitinete no Bairro Ivar Saldanha, onde residia com a esposa e uma filha de 1 ano e 04 meses de idade. O acusado responde a outros processos em diversas varas criminais de São Luís.
Consta na sentença que o crime foi praticado com a participação de duas pessoas conhecidas como “Alemão" e "Branco, sendo o acusado  o mentor e matador de aluguel. O motivo seria porque a vítima havia denunciado, em um programa de televisão local, atividade criminosa dentro do sistema penitenciário envolvendo um ex-diretor do sistema prisional. O réu cometeu o crime de homicídio duplamente qualificado, mediante pagamento (recompensa) e recurso que dificultou defesa da vítima.
A juíza titular da 3ª Vara do Júri, Kátia Coelho de Sousa Diasnegou ao réu o direito de recorrer da decisão em liberdade e, em razão do acusado já se encontrar preso preventivamente por ordem judicial, a magistrada manteve a sua prisão. Ele cumprirá a pena em regime fechado na Penitenciária de Pedrinhas.

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