Procurador-geral de Justiça vai prestar esclarecimentos à comitiva de parlamentares da Câmara dos Deputados. Solicitação foi requisitada por Aluísio Mendes
O procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins Coelho, será ouvido, nesta quinta-feira 7, sobre o andamento da investigação que apura supostas ordens para monitoramento e escutas clandestinas a desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.
Ele prestará esclarecimento à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, por requisição do deputado federal Aluísio Mendes (PSC-MA), aprovada pelo colegiado em agosto último. A audiência está marcada para acontecer a partir das 14 horas, na sede da PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça), em São Luís.
Conforme vem mostrando o ATUAL7, o suspeito do suposto crime de espionagem é o secretário estadual de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela.
As suspeitas contra ele foram levantadas pelos ex-chefes da Seic (Superintendência Estadual de Investigações Criminais) e do DCCO (Departamento de Combate ao Crime Organizado) da Polícia Civil do Maranhão, Tiago Mattos Bardal e Ney Anderson Silva, respectivamente.
Ambos já foram ouvidos pela comissão parlamentar, em julho, em audiência na própria Câmara, mas prestarão novos depoimentos aos deputados, nesta sexta-feira 8, a partir das 9 horas, em oitiva na sede da Superintendência da Polícia Federal do Maranhão, também na capital.
(02/07/2019 - Brasília-DF) Ney Anderson, durante oitiva em audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o escândalo de espionagem no Maranhão. Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
(02/07/2019 - Brasília-DF) Ney Anderson, durante oitiva em audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o escândalo de espionagem no Maranhão. Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Desde o início, Portela nega que tenha praticado qualquer ilegalidade no cargo, onde se mantém desde o início do primeiro mandato do governador Flávio Dino (PCdoB) no Palácio dos Leões, apesar da crise.
Em razão do suposto crime que lhe é atribuído, ele representou criminalmente contra os dois ex-subordinados, além de três profissionais de imprensa, incluindo o signatário deste texto, por tornar públicas as informações. Os outros dois são Neto Ferreira e Stenio Johnny.
A investigação contra o secretário de Segurança Pública que será alvo de questionamentos da comissão da Câmara foi instaurada desde o dia 16 de maio deste ano, a partir de uma notícia de fato, já convertida em procedimento investigatório criminal, formulada pela presidente do TJ, desembargador Joaquim Figueiredo, com base no noticiado pela imprensa.
Os levantamentos correm sob sigilo no âmbito da Assessoria Especial de Investigação da PGJ, privativa para apurar atos ilícitos praticados por agentes políticos detentores de foro por prerrogativa de função.
Por: Atual7
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