Elizabeth Rosemond Taylor, DBE (Hampstead, 27 de fevereiro de 1932 — Los Angeles, 23 de março de 2011), foi uma premiada atriz anglo-americana nascida na Inglaterra.
Filha dos americanos Francis Leen Taylor (1897–1968) e Sara Viola Rosemond Warmbrodt (1895–1994), a família mudou-se para os Estados Unidos em 1939. Taylor começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There's One Born Every Minute, mas não teve o contrato renovado. Revelou seu talento, assim como seu amigo Mickey Rooney, ao atuar em filmes infanto-juvenis, como na estreia em 1943 num pequeno papel da série Lassie. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer nos estúdios foi a realização de um dos seus maiores sonhos.
Evoluindo como atriz talentosa e respeitada pela crítica, nos anos 50 filmaria dramas, como Um Lugar ao Sol, com o ator Montgomery Clift; Giant, com Rock Hudson, ambos atores homossexuais e dos quais se tornou grande amiga. Nessa década faria ainda A Última Vez que Vi Paris, ao lado de Van Johnson e Donna Reed.
Vida pessoal
Liz, como foi mais conhecida, foi considerada uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registrada são os traços delicados de seu rosto e seus olhos de cor azul-violeta, uma cor rara, emoldurados por sobrancelhas desenhadas e espessas, de cor negra. Foi uma celebridade cercada por intenso glamour, carinho de fãs e muito luxo. Seu talento e beleza impressionavam qualquer pessoa, fosse da mídia ou fora dela. Foi diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano.
Taylor era uma grande apreciadora de jóias, adorava o brilho de brincos, colares, anéis e pulseiras, além de amar maquiagens, sapatos de grife, bolsas da moda e vestidos caros, mas mesmo sem tudo isso, em trajes simples e sem pintura, ainda assim era considerada uma beleza rara. Os críticos da moda consideravam sua simetria de rosto e corpo ideais, ambas se encaixavam perfeitamente.
Ficou famosa também por seus numerosos casamentos, oito ao todo: o primeiro foi com Conrad Nicholson Hilton em 1950, mas durou apenas 1 ano. É mãe de Catherine Taylor.
O mais famoso casamento foi com o ator britânico Richard Burton, seu 5º marido, notório pelo alcoolismo, com quem se casou duas vezes: De 1964 a 1974; e de 1975 a 1976. Fez duplas com ele em vários filmes nos anos 60, como o antológico Cleópatra, o dramático Quem tem medo de Virgínia Woolf?, em que ela ganhou o segundo Óscar, Os Farsantes e A Megera Domada. Vencedora duas vezes do Óscar da Academia para Melhor Atriz, o primeiro em 1960 pelo papel da call-girl de Disque Butterfield 8. Nessa década, com o reconhecimento do prêmio máximo do cinema mundial, consagrou-se como a mais bem paga atriz do mundo.
Taylor teve três filhos biológicos e um adotivo.
Com Michael Wilding, seu segundo marido, com quem foi casada de 1952 a 1957, teve dois filhos: Michael Howard Taylor Wilding, nascido em 1953, e Christopher Edward Taylor Wilding, nascido em 1955.
Com Michael Todd, seu terceiro marido, tendo sido casada com ele por 1 ano, teve uma filha em 1957, chamada Eliza Frances Todd, mas conhecida como Liza. Elizabeth Taylor ficou viúva em 1958, tendo de criar a filha sozinha, o que a fez sofrer pela perda de seu companheiro.
Em 1959 se casou com o melhor amigo de seu marido, Eddie Fisher, com quem viveu até 1964, mas se envolveu com Richard Burton e o casamento terminou. Em 1964 casou com Burton. O casal resolveu adotar uma menina alemã, a quem batizaram de Maria Taylor Jenkins. O casamento com Burton era muito conturbado, cheio de brigas e ciúmes, com indas e vindas, chegando a ficar separados por mais de seis meses. Nos anos 70, ainda casada, passou a trair o marido com o embaixador iraniano nos Estados Unidos, Ardeshir Zahedi, se encontrando com ele em quartos de luxo da cidade. Taylor, por odiar mentiras, resolveu assumir o romance com o iraniano e assim conseguiu divorciar-se de Burton, com quem já não era mais feliz, já que ele era agressivo, ciumento e bebia demais.
Vendo que o que viveu com Ardeshir Zahedi não passou de encontros sem importância para ele, que ele não queria ter nada sério, Taylor resolveu separar-se dele. Sozinha e desiludida em encontrar um grande amor, conheceu um novo homem, John Warner, um político. Foi casada com ele de 1976 a 1982, mas houve a separação.
Os anos passaram e ela não quis mais se casar, apenas namorar alguns homens e viver pequenas aventuras, até que conheceu Larry Fortensky. Se apaixonou pelo caminhoneiro, e o casamento dos dois ocorreu em 1991 e foi realizado no Rancho Neverland, propriedade de seu amigo Michael Jackson. A separação ocorreu em 1996, por diferenças que ela classificava como irreconciliáveis. Ele foi seu último marido, e após o término, passou a namorar alguns homens, mas sem casar outra vez.
Foi a melhor amiga do "Rei do Pop" Michael Jackson, que participou de perto e a ajudou em seus casamentos e sofrimentos. Jackson dedicou-lhe vários de seus trabalhos, inclusive a canção "Liberian Girl" e "Elizabeth, I Love You". Também era madrinha de seu primeiro filho, Prince Michael Jackson I, juntamente com o ator Macaulay Culkin.
Em 1997, a atriz passou por uma delicada cirurgia para remover um tumor do cérebro. Na juventude, Taylor também teve problemas com o vício em álcool e drogas, mas conseguiu se libertar e prosseguir na carreira.
Foi pioneira no desenvolvimento de ações filantrópicas, levantando fundos para as campanhas contra a AIDS a partir dos anos 80, logo após a morte de Rock Hudson. A despeito de ter nascido fora dos Estados Unidos, em 2001 recebeu do presidente Bill Clinton a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a Presidential Citizens Medal, oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos. Nessa época se agravaram os problemas de saúde, ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais.
Problemas de saúde e morte
Taylor tratou vários problemas de saúde ao longo dos anos, incluindo as questões relativas à insuficiência cardíaca crônica. Em 2009, foi submetida a uma cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração. Ela usava uma cadeira de rodas havia mais de cinco anos para lidar com sua dor crônica na região cardíaca.
Em fevereiro de 2011, apareceram novos sintomas relacionados à sua insuficiência cardíaca. Não aguentando de dor no peito e com muita falta de ar, foi internada no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles para fazer uma cirurgia emergencial, mas não resistiu, e veio a falecer de parada cardíaca. Taylor morreu na manhã do dia 23 de março, aos 79 anos de idade. A informação foi confirmada pelo agente da actriz e por um familiar. Encontra-se sepultada no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos.
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