SÃO LUÍS - Depois de um fim de semana sangrento com 18 assassinatos, a Região Metropolitana da Capital Maranhense voltou a ser abalada com seis homicídios. O primeiro assassinato teve como vítima José Oscarito de Freitas Júnior, conhecido como Jhonny, de 18 anos, alvejado com vários tiros, um deles na cabeça, disparados por dois homens não identificados, no Tibirizinho, área do Distrito Industrial.
Segundo a Polícia Militar, a motivação do crime seria uma suposta rixa entre gangues rivais que disputam território pelo domínio do tráfico de drogas, na zona rural.
José Oscarito de Freitas Júnior era morador na Rua Principal, no bairro Tibirizinho. Segundo a polícia, sua morte pode estar relacionada a outro crime de homicídio, praticado no início da manhã de sexta-feira (13), naquela localidade. A vítima foi José de Ribamar Pestana Filho, conhecido como "Paizinho", de 26 anos, que era presidiário e cumpria regime semiaberto por prática de assaltos à mão armada.
Disparos - De acordo com o que apurou a Polícia Militar no local, "Paizinho" teria sido alvejado por três homens armados que estavam em um veículo Volkswagen Saveiro de cor branca, cujas placas não foram anotadas. O detento, que era liberado da prisão durante o dia para trabalhar e à noite retornava à cadeia, ainda segundo a polícia, antes integrava uma perigosa quadrilha de assaltantes, que atuava na capital.
Quadra - A segunda execução de ontem ocorreu no fim da manhã, por volta das 11h40, desta vez na arquibancada de uma quadra poliesportiva, no Campo do Tocão, atrás do Terminal de Integração do bairro São Cristóvão. Jhon Walk Carvalho Sousa, de 17 anos, segundo a Polícia Civil, foi atingido com 18 tiros de pistolas calibres ponto 40 e 380, disparados por seis homens que ocupavam um automóvel e uma motocicleta.
- Os criminosos teriam chegado em um Gol de cor verde e em uma moto modelo Honda Bros e se identificaram como supostos policiais. A vítima estava em companhia de outros cinco colegas, alguns envolvidos com o tráfico de drogas na área, e foi obrigada a se deitar no chão junto com os demais - informou o delegado Guilherme Sousa Filho, da Delegacia de Homicídios (DH) de São Luís.
Ainda de acordo com a polícia, os cinco jovens que acompanhavam Jhon Walk fugiram do local ao ouvir dos assassinos que todos ali seriam executados. Um deles, identificado como Ernandes, foi baleado no maxilar. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão II). "Ainda não temos informações sobre a conduta desta segunda vítima, porém ela não corre risco de morte", acrescentou o delegado.
Jhon Walk Carvalho Sousa, que morava na Travessa Ivar Saldanha, no bairro Jardim São Cristóvão, foi atingido com pelo menos quatro tiros na altura do tórax, um na cabeça e o restante pelo corpo, segundo o Instituto Médico Legal (IML). A polícia trabalha com duas linhas de investigação. "A primeira é a de que a rixa entre gangues rivais tenha resultado na morte do John Walk", disse o delegado Guilherme Sousa Filho.
À Noite - Quatro asssassinatos foram registrados no período da noite. Na Cidade Olímpica, Yarlisson de Jesus Costa Santos, de 19 anos, foi morto por arma de fogo. O caso foi
registrado no Plantão da Cidade Operária. Eurico Aranha Ferreira, de 41 anos, foi assassinado por arma de fogo, na Chácara do Itapiracó, região do Turu. O caso foi registrado no Plantão do Cohatrac. Duas mortes por arma de fogo foram registradas no Plantão da Vila Embratel.
Joremilson Furtado Gomes, de 29 anos, assassinado por arma de fogo, no Coroadinho, e Wedson Leite Diniz, de 21 anos, também, morto por arma de fogo, no Residencial Paraíso, na região da Vila Embratel.
Justificativa - A sequência de crimes de execução sumária, na capital, segundo a Polícia Civil, nada mais é do que a retomada de novos conflitos entre facções criminosas rivais, que disputam território por tráfico de drogas. O delegado André Gossain, da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), que preside o inquérito sobre a morte por espancamento do empresário e paisagista Daniel Smith, de 55 anos, no Altos do Calhau, por exemplo, afirma que não há nada que aponte qualquer envolvimento de algumas das vítimas de homicídios, registrados recentemente, com o crime. Segundo Gossain, o único integrante da quadrilha que efetivamente participou do assassinato, e já foi morto nos últimos dias, foi Jonathan João Nunes, de 19 anos, encontrado enforcado em uma das celas da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas.
Fonte/Imirante.com e O Estado
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