A Polícia Militar do Maranhão passou a ocupar, na tarde de sexta-feira, 27, todas as unidades prisionais de são Luís e região metropolitana. A iniciativa, que objetiva reforçar a segurança interna dos presídios, é uma ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap), em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA).
A proposta, conforme o secretário Sebastião Uchôa, é que a PM venha somar com os trabalhos já desenvolvidos pelo Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop) e terceirizados armados e desarmados que atuam nas unidades. “A Polícia Militar não vai assumir a direção das unidades, mas vem ser uma força de segurança dentro dos presídios, assim como o Geop e os terceirizados”, afirmou.
Secretário da Sejap/ Sebastião Uchôa
Além disso, ele explicou que “a governadora Roseana Sarney, preocupada com a possível violação física de servidores e apenados”, determinou a ocupação imediata das unidades carcerárias por parte dos PMs. “Com certeza, após essa ação, teremos sim uma considerável diminuição no número de mortes nos presídios”, disse Uchôa.
Sobre o número exato do efetivo da Polícia Militar que passará a atuar por tempo indeterminado nos estabelecimentos carcerários, Uchôa destacou que o quantitativo será suficiente para atender as demandas do sistema prisional. “Será um número suficiente para fazer a segurança interna, serão mais de 60 PMs espalhados pelas unidades”, pontuou.
Com a ocupação da PM nos estabelecimentos penitenciários, a rotina interna das unidades será diferente. As vistorias nas celas acontecerão com mais frequência, os procedimentos de segurança serão ainda mais rigorosos, ficando sobre a orientação do oficial da Policial Militar. Além disso, para reforçar a segurança noturna, a cavalaria montada da Polícia Militar fará rondas constantes nas unidades.
Outras medidas para reforçar a segurança
Uma das principais medidas recentes tomadas foi o aumento do efetivo da Ronda Ostensiva Penitenciária (Rope), conhecida como o grupo responsável pelas rondas e revistas realizadas no período da noite nos estabelecimentos penais da capital.
Outra medida no sentido de reforçar a segurança interna das unidades foi a criação recente do Geop Feminino. Não muito diferente do já existente, este trabalha com a realização de escoltas, revistas e monitoramento noturno dos estabelecimentos carcerários. Este grupo é formado por mulheres devidamente treinadas.
A aquisição de armas e aparelhos de segurança são ações tomadas para reforçar a segurança no Sistema. Outro ponto importante adotado é o realinhamento de procedimentos de segurança no que se refere à redistribuição dos internos por celas. De acordo com Uchôa, os diretores de unidades devem ter o cuidado de não colocar na mesma cela, detentos declaradamente inimigos.
“É notório a existência de facções criminosas nas unidades, então temos que tomar cuidado ao distribuirmos os internos nos estabelecimentos justamente para evitarmos que vidas sejam ceifadas”, declarou o secretário.
Fonte/Alan Jorge/Ascon/Sejap
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