ENQUANTO AGENTES PENITENCIÁRIOS ESTÃO DE LUTO O GOVERNADOR DO MARANHÃO RESPIRA POLÍTICA E SECRETÁRIO DA SEAP FAZ TURISMO EM BARREIRINHAS-MA

Magno foi Assassinado no final de dezembro de 2019

Em menos de uma semana dois agentes penitenciários foram barbaramente assassinados. No dia 29 de dezembro, bandidos ceifaram a vida do auxiliar penitenciário Antonio Magno Reis Duarte.

No dia 02 de janeiro foi covardemente assassinado um outro auxiliar penitenciário  conhecido como Carlos Augusto. fora esses assassinatos outros agentes penitenciários sofreram atentado, como foi o caso do agente penitenciário conhecido como Massa Bruta que foi alvejado com vários tiros, sendo salvo pelas mãos de Deus.

Diante de dois episódios onde duas vidas foram ceifadas por bandidos inimigos do sistema de segurança, não se viu uma nota oficial do Governo do Estado, dando apoio aos familiares desses servidores da SEAP, que perderam a vida por trabalharem no Sistema Penitenciário do Maranhão

O assassinato desses dois trabalhadores, merece uma atenção do governo de Estado. São homens que trabalham na segurança dos presídio do Maranhão, que não recebem nenhum tipo de segurança e garantia de vida por parte do Governo do Estado.

O governador Flávio Dino parece não se preocupar com a vida dos agentes que trabalham nas instituições de segurança do Maranhão. Quando um policial civil, militar, agente e auxiliares penitenciários são assassinados, não se vê o governador se pronunciar ou dar apoio as familiares desses agentes público da segurança.

                                

Enquanto isso o governador Flávio Dino respira política fazendo campanha fora de época para presidente da república e o secretário da SEAP, Murilo Andrade se diverte nas dunas de Barreirinhas-MA. Eles não estão nem para os agentes públicos de segurança do Estado.

Quando acontece assassinato de policiais civis, militares e agentes penitenciários do Maranhão, o governador Flávio Dino cruza os braços e nada faz! Em algumas vezes nem o assassinato dos policiais é elucidado, como é o caso dos PMs, cabo Júlio César e o soldado Alberto Constantino assassinados em 17 de novembro de 2016 na cidade de Buriticupu-MA, sendo que até hoje a Polícia Civil do Maranhão não elucidou o caso. 

O Governo do Estado cruzou os braços e nunca procurou a família desses policiais para dar apoio. Os policias militares foram mortos e seus corpos desapareceram e ficou por isso mesmo.

                                                      

Paulo Victor Matos Cutrim nascido em 06/12/95 rua São Francisco 20/A no bairro Vicente Fialho, acusado de participar do assassinato do auxiliar penitenciário Carlos Augusto 

Rony Cácio acusado pelo assassinato do auxiliar penitenciário Antônio Magno Reis Duate

O clima no Sistema Penitenciário do Maranhão entre agentes e auxiliares penitenciários, depois dos assassinatos dos servidores da SEAP, é de medo e revolta. Ninguém viu uma nota do Governo do Estado e muito menos do secretário da SEAP, Murilo Andrade, que meio a dois assassinatos de auxiliares penitenciários, Estava fazendo turismo em Barreirinhas e nem se quer uma nota de pesar a família desses servidores foi divulgada, é como se o governador Flávio Dino e Murilo Andrade, não tivessem família e nem coração. 

Veja abaixo a carta aberta dos servidores da SEAP.

CARTA DOS SERVIDORES CONTRATADOS DO SISTEMA PRISIONAL DO MARANHÃO.

 Nós somos contratados, temos matrícula estadual, mas somos constantemente ameaçados de exoneração, 3 faltas por exemplo nos exoneram e saímos sem direito algum, já que o contrato é sem CLT. Auxiliares Penitenciários são os "ponta de lança" entram em celas, algemam e fazem a condução da pior raça que existe na face desta Terra, isto é, os “vítimas da sociedade” segundo os direitos humanos.

Pagamos nosso fardamento que custa: Auxiliares Penitenciários R$ 570,00, Agentes Penitenciários 1.140,96 reais e somos cobrados a prestar conta do valor INTEGRAL todos os dias, porém, o auxílio fardamento para os Agente e Auxiliares temporários é pago em parcelas, ou seja, a SEAP restituirá o dinheiro do fardamento, em 12 vezes de 57,00 reais para Auxiliares e 95,08 reais para Agentes.

 Ameaças dos internos contra nós servidores é constante, e com isso, a nossa paz vai acabando, vida social não existe mais, vivemos em constante tensão, e não temos nenhum apoio da secretaria. Tuberculose é rotina, servidores afastados são dezenas, com doenças psicológicas do tipo, depressão, síndrome do pânico e outras.

O local é insalubre, porém, nós temporários não temos direito a insalubridade, não temos direito a risco de vida e adicional noturno, nós servidores desta categoria somos impedidos de utilizarmos armamento fora do nosso ambiente de trabalho e com isso, ficamos refém da criminalidade.

  No caminho de ida ao trabalho e retorno para casa, o que nos resta é contar com a sorte, ou seja, orar para que não sejamos reconhecidos por uma dessas “vítimas da sociedade” beneficiados pela saída temporária, pois eles sempre andam fortemente armados, mas  nós, representantes do Estado, não recebemos sequer uma agulha da SEAP, para nos defendermos dos vários ataques que estamos sofrendo, primeiro foi a tentativa de homicídio do Auxiliar Anderson Bernardes no final do ano passado e agora em um intervalo de sete dias, ceifaram covardemente a vida dos Auxiliares Penitenciários Carlos Augusto e Antônio Magno.

Se esquecemos algo, pedimos perdão, pois hoje o nosso coração está sangrando em decorrência das mortes prematuras dos nossos irmãos de farda. Queremos justiça, melhores condições de trabalho, um melhor salário, pois já se fazem mais de 4 anos que não se tem um reajuste, pedimos uma posição dos governantes urgentemente.

Atenciosamente, 

Agentes e Auxiliares Temporários do Maranhão.





                                 
                                           Operações Jornalísticas Investigativas Especiais

                                                                   OJIE

Por: Stenio Johnny Radialista/Repórter Investigativo RI/RPJ-MA 0001541