O jornalismo investigativo surge nos Estados Unidos, pós-Segunda Guerra Mundial, a partir de 1955. Os jornalistas norte-americanos passaram a exercer postura crítica ao governo dos EUA, em consequência da participação na Guerra do Vietnã. As reportagens dessa época foram veiculadas principalmente pelas revistas Life e Look.
Em 18 de junho de 1972, o caso que envolvia o presidente dos EUA, Richard Nixon, marcou o jornalismo investigativo. O episódio ocorreu quando membros do Partido Republicano (Estados Unidos) tentaram instalar um sistema de espionagem na sede do Partido Democrata (Estados Unidos) e foram descobertos. Isso selou a derrota política de Nixon, o qual sofreu um processo de impeachment que não chegou ao final, pois ele renunciaria antes. A publicação da reportagem política foi veiculada pelo diário The Washington Post, de autoria de dois jornalistas até então pouco conhecidos, Carl Bernstein e Bob Woodward.
Richard Nixon, marcou o jornalismo investigativo
No mesmo período o Brasil vivia o período da ditadura e a imprensa estava sob censura, inclusive instalada nas próprias redações. Apenas em 1974 o governo dá inicio a Abertura política. Contudo, somente dois anos depois, ocorre a suspensão da censura. A partir daí podemos conhecer o jornalismo investigativo. Através de uma matéria publicada pelo Estadão intitulada “Assim vivem os nossos super funcionários”, tornando o que era até aquele momento invisível aos olhos de todos. A matéria denunciou a corrupção do setor público e mostrou os privilégios e regalias dos ministros e altos funcionários da corte instalada em Brasília e capitais federais.
Em 1979, a revista Veja publicou a reportagem investigativa "Descendo aos Porões", do repórter Antônio Carlos Fon, que tratava de um tema que até então era proibido no Brasil, a tortura.
Jornalismo investigativo (ou de investigação) refere-se à prática de reportagem especializada em desvendar mistérios e fatos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção, que podem eventualmente virar notícia. Em muitos casos, os jornalistas investigativos são questionados sobre os métodos utilizados na prática profissional. Um exemplo é o uso de câmera oculta, embora na Europa e no Brasil seja uma prática assegurada por lei.
O Código de Ética dos Jornalistas assegura o direito ao profissional de divulgar qualquer informação que seja de interesse público. No entanto, há conflito quando se restringe a divulgação da imagem (rosto) de qualquer pessoa envolvida na investigação, tendo sido utilizado contra os jornalistas em processos judicias, no Brasil tendo sido de entendimento do Superior Tribunal de Justiça em um caso específico, de que a liberdade de imprensa não é um direito absoluto.
No jornalismo investigativo, o repórter tem que ter habilidade, para adquirir as informações precisas e manter a qualquer preço o segredo da fonte, preservando a segurança e a vida do informante mantendo a ética jornalística.
Assassinato do Soldado Alberto Constantino e Cabo Júlio César chama atenção do jornalismo investigativo no Brasil.
Como repórter investigativo já enfrentei e enfrento inúmeras barreiras e ameaças veladas daqueles que tentam calar a boca dos profissionais que atuam nessa linha jornalística, mas nada que possa fazermos recuar da investigação e elucidação de um crime.
Seja em lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, tortura, execução, corrupção dentre outros crimes, como o que aconteceu com os militares Cabo Júlio César e Soldado Aberto Constantino, executados na cidade de Buriticupu-MA em 17 de novembro de 2016, por policiais militares com armas da própria Polícia Militar,
Segundo o que foi apurado por uma equipe de repórteres investigativos do Brasil, da qual nós fazemos parte, entre os envolvidos estariam praças, oficiais, inclusive um coronel PM, políticos e empresário madeireiro da região.
Detalhe! Os PMs além de serem executados, tiveram seus corpos ocultados. Crime que até hoje a Polícia Civil do Maranhão ainda não elucidou.
"Quando a polícia e o estado não descobre a verdade sobre um crime, o jornalismo investigativo elucida".
"Não existe crime perfeito! O que existe é um crime mau investigado, por omissão ou por incompetência".
"No jornalismo investigativo tudo é possível, até a maneira de uma pessoa cuspir no chão, pode significar um pista para desvendar um mistério jamais descoberto pela polícia".
Há uma diferença entre jornalismo investigativo para a investigação policial. O repórter investigativo, além de usar as suas fontes de noticias, tem que ter um bom faro jornalístico, percepção, conhecimento total sobre o que está investigando e está atento a tudo e todos que estiverem ligados ao caso, não descantando nenhuma hipótese até mesmo as mais impossíveis.
Além disso, nós repórteres investigativos temos olhos e ouvidos dentro dos segmentos da sociedade, o que a polícia não tem. Ai está a diferença, que leva o jornalismo investigativo chegar primeiro a informação e a elucidação dos mais variados crimes dos quais o repórter está investigando.
Operações Jornalísticas Investigativas Especiais
OJIE
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