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terça-feira, 11 de julho de 2017

Carta enviada ao ministro da justiça pelos familiares dos militares assassinados em Buriticupu-MA pode não ser atendida



                                    


A respeito da carta que a família dos militares Cabo PM Júlio César e do Soldado Alberto Constantino assassinados no dia 17 de novembro de 2016 na cidade de Buriticupu-MA, enviaram ao ministro da justiça, pedindo ao ministro que a Polícia Federal assuma o comando das investigações não será atendida.

A nossa reportagem recebeu ainda pouco uma informação de um delegado federal, dando conta que a Polícia Federal para entrar no caso dos policiais assassinados em Buriticupu, segue todo um ritual. Disse que para a federalização  desse caso, não é o ministro da justiça e nem o presidente da república quem autoriza.

O delegado falou que a autorização para a Federal entrar no caso, tem que ser solicitada ao Superior Tribunal de Justiça, com requerimento enviado por solicitação do Procurador Geral da República
.
Só dessa forma, irão ser apresentados os requezitos legais para que o Superior Tribunal de Justiça, aprecie e determine que a Polícia Federal assuma as investigações em torno do assassinato dos políciais militares. Enquanto isso os familiares aguardam com ansiedade a reposta do ministro da justiça.


Veja AQUI CÓPIA DA CARTA ENVIADA AO MINISTRO DA JUSTIÇA



Ilmo Senhor Ministro da Justiça: 

DOUTOR: TORQUATO JARDIM


Viemos da melhor forma, trazer ao conhecimento de Vossa Excelência, denúncia relativa ao assassinato de policiais militares, com ocultação de cadáveres na cidade de Buriticupu-MA, no dia 17 de novembro de 2016, passados sete meses, a Polícia Civil do Maranhão, não conseguiu elucidar o caso, limitando-se apenas a informar a nós familiares, que temos que aguardar em casa, que o caso está sob segredo de justiça e que eles não trabalham sobre pressão.

Acontece Excelência, que temos percebido o descaso, inoperância e incompetência da Polícia Civil em relação a elucidação do assassinato dos militares, onde aparecem como suspeitos oficias, praças da PM, delegado e políticos da região. Sendo que no dia 01 de junho foram presos três militares suspeitos, mas até agora nada foi feito, por não terem provas suficientes para incrimina-los. Um major PMM que seria o homem que comandava os esquemas ilícitos juntamente com outros militares daquela região, ainda não teve o seu pedido de prisão decretado. O Tenente Josué, suspeito de participar do assassinato dos militares, foi solto pela justiça por insuficiência de provas, devido a um inquérito mau feito, cheio de falhas e sem provas contundentes.

O mais estranho de tudo Excelência, é o desaparecimento da única testemunha do caso, conhecido como Dal, que trabalhava como uma espécie de informante para os militares na cidade. Essa testemunha desapareceu logo após prestar depoimento na delegacia da cidade de Buriticupu-MA, sem que ninguém até hoje saiba do seu paradeiro.

No depoimento senhor ministro a testemunha declinou os nomes dos envolvidos no desaparecimento dos policiais, que segundo informações extra oficiais, os militares teriam sido mortos e seus corpos enterrados dentro de um carro no enorme buraco, informações essas que nos deixaram tristes e sem esperança para solução do caso.

O pior de tudo Excelência é que além de sofrer com o desaparecimento dos policiais, nós familiares estamos há seis meses sem receber seus vencimentos, pelo fato dos militares, estarem como desertores diante do regimento interno da Polícia Militar do Maranhão.

Diante da inoperância, incompetência da Polícia Civil do Maranhão e do descaso do Governo do Estado, que mesmo ouvindo o nosso clamor, não se sensibilizou e nem cobrou da polícia mais rigor nas investigações para elucidação deste misterioso crime que trata do assassinato dos militares com ocultação de cadáveres, viemos humildemente suplicar a Vossa Excelência:

01-Que se digne a determinar a nossa honrosa Polícia Federal, que assuma as investigações desse emblemático caso do assassinato  dos Militares.

02-Determine o afastamento da Justiça Militar, para que o processo passe a tramitar na Justiça  Comum.


Certos que Vossa Excelência irá se sensibilizar com o sofrimento das mães, filhos e esposas desses militares de já agradecemos.


OS FAMILIARES



Buriticupu  16  junho de 2017



                                 

                           
                                                           OJIE

                                       


                                                     Por: Stenio Johnny
                                          Radialista/Repórter Investigativo
                                                     RPJ/MA 0001541

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