Briga teve inicio durante coletiva de imprensa. Governador tem sido pressionado há cerca de dois meses
Por Yuri Almeida
Blog Atual7
O secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, e o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Lawrence Melo, entraram em rota de colisão pela permanência nos cargos. Tudo por vaidade.
A briga iniciou há cerca de dois meses, quando, durante uma coletiva, Portela tomou o microfone de Melo, na frente de todos, por achar que o delegado-geral tentativa um certo estrelismo diante da imprensa. Um mês depois, o clima de animosidade voltou a se repetir publicamente durante nova coletiva, ocorrida no fim de 2016, quando Jefferson Portela não esteve no ato e soube que Lawrence Melo tomou de conta do microfone e não deixou que outros participantes, como os coronéis Pereira e Roberto, usassem da palavra para falar sobre as ações do sistema de segurança nas praias, interior do estado e na capital.
Diante do acirramento, o Palácio dos Leões preparou o anúncio da substituição de Lawrence Melo pelo delegado Dicival Gonçalves, atualmente ocupando a Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI). Contudo, a queda de Melo acabou sendo abortada após intervenção do irmão do governador Flávio Dino (PCdoB), o advogado e ex-secretário estadual de Justiça e Cidadania, Sálvio Dino; e do deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB).
Ao tomar conhecimento de que seria substituído, o delegado-geral da Polícia Civil passou, então, a arquitetar a queda de Jefferson Portela, com a ajuda de Sálvio Dino e Rubens Júnior. O caso de Balsas, onde PMs mataram por engano uma estudante, e o desaparecimento de dois policiais militares que teriam sido enterrados dentro do próprio carro em Buriticupu estariam sendo as principais alegações apresentadas por eles para tornar insustentável a permanência de Portela no cargo.
A disputa é tratada com cuidado por Flávio Dino, que tem em Jefferson Portela amizade e confiança pessoal, e por isso ainda pode aceitar o pedido e decidir pela substituição de Lawrence Melo por Dicival Gonçalves. Porém, a pressão do irmão e do parlamentar do PCdoB pode ganhar corpo, principalmente, se confirmadas e vazadas as investigações sobre os autores da morte dos policiais em Buriticupu.
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