Reeducanda da Penitenciária de Pedrinhas vence concurso nacional de redação da DPU

Superação por meio da Educação. Esse foi o aprendizado de Daiane Camelo, que cumpre pena na Penitenciária Feminina do Complexo de Pedrinhas e foi uma das vencedoras do I Concurso de Redação da Defensoria Pública Geral da União (DPU) em nível nacional, com a nota de 8,25. O concurso também premiou o aluno maranhense Evaldo Nogueira, que tirou 9. Os maranhenses alcançaram umas das notas mais altas em todo o país.

A solenidade de reconhecimento aos educandos maranhenses foi realizada nessa quinta-feira (1º), no auditório do Centro Administrativo do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), onde os vencedores receberam medalhas e diplomas.

O evento aconteceu em parceria com a Unidade de Monitoramento Carcerário do Tribunal de Justiça, que cedeu o espaço para a realização da solenidade. A unidade é responsável por monitorar as ações voltadas para a educação e capacitação do Sistema Carcerário do Maranhão.

INCENTIVO - Daiane concorreu na modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA), na categoria Redação IV, com o tema “Eu tenho direito e a DPU está comigo”, pelo Ensino Médio da Unidade Escolar João Sobreira de Lima, em Pedrinhas.

“Esse prêmio mudou meu pensamento e trouxe esperança para eu vencer e superar tudo por meio da educação e, assim, ter uma oportunidade quando cumprir minha pena”, afirmou. Com as oportunidades oferecidas na penitenciária, ela já participou dos cursos de panificação, cabeleireira e depilação e, ainda, pretende se formar em Administração.

Evaldo Nogueira, que é aluno do Centro de Ensino Luiz Cabral, em Paço do Lumiar, também concorreu pela categoria Redação IV.

O evento contou com a participação do juiz da 2ª Vara de Execuções Penais, Fernando Mendonça, que representou o coordenador da Unidade de Monitoramento Carcerário, desembargador Froz Sobrinho. Para o magistrado, a abertura do Sistema Penitenciário para receber os serviços oferecidos pelos órgãos públicos e privados, além dos agentes públicos, faz com que as pessoas privadas de liberdade sejam vistas e assistidas pelas políticas de saúde, educação, esporte e geração de renda. “O que não era possível fazer antes, agora é uma porta maior para oportunidades de uma vida melhor, por meio da educação ou da formação profissional” ressaltou o juiz.

PARCEIROS - Participaram do evento a defensora-chefe da DPU-MA, Jemima Custódio; o secretário de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves; o superintendente de Qualidade e Diversidades da Secretaria de Estado de Educação, Claudiney Rodrigues, que representou o secretário de Educação, Felipe Camarão; a supervisora de Educação da Sejap, Cristina Moura; e a pedagoga e coordenadora do concurso, Rachel Bonfim.

Também prestigiaram o evento, a chefe do Programa Começar de Novo do TJMA, Ana Lúcia Araújo; a coordenadora do Fórum/EJA, Simone Miranda, além da gestora da Unidade Escolar João Sobreira de Lima, Tércia Porto.

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