Michel Temer/Presidente interino do Brasil
Michel Miguel Elias Temer Lulia (Tietê, 23 de setembro de 1940) é um político, advogado, professor universitário e escritor brasileiro, atual presidente interino da República Federativa do Brasil. Ele também exerceu os cargos de presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal, secretário da Segurança Pública e Procurador-Geral do Estado de São Paulo.
Filho de imigrantes libaneses que chegaram ao Brasil na década de 1920, Temer nasceu e foi criado no interior paulista. Em 1963, graduou-se em direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde atuou ativamente na política estudantil. Ao longo da década de 1960, trabalhou como advogado trabalhista, oficial de gabinete de José Carlos de Ataliba Nogueira e em um escritório de advocacia. Ele também lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e na Faculdade de Direito de Itu (FADITU). Em 1974, concluiu um doutorado em direito público na PUC-SP.
Vida pessoal
Temer tem três filhas adultas de um casamento anterior. Tem também um filho de 14 anos, fruto de um relacionamento com uma jornalista. Desde 2003, é casado com Marcela Temer, ex-modelo, com quem teve o filho Michel.
Presidente Michel Temer e primeira dama
Em 1970, foi empossado procurador do Estado de São Paulo. Em 1978, tornou-se procurador-chefe da Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo. No mesmo período em que era servidor público, trabalhou no escritório de advocacia de seu irmão. Mais tarde, abriu um novo escritório com outros três advogados. Em 1981, Temer filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Em 1983, foi nomeado pelo governador Franco Montoro para a Procuradoria-Geral do Estado, permanecendo neste cargo até 1984, quando assumiu a secretaria de Segurança Pública. Em 1986, candidatou-se a deputado federal constituinte, mas obteve a suplência. Temer acabou tornando-se deputado no decorrer da Assembleia Nacional Constituinte. Em 1990, concorreu a deputado federal, mas novamente atingiu a suplência. Durante o governo de Fleury Filho voltou a comandar a Procuradoria-Geral do Estado e, poucos dias após o Massacre do Carandiru, foi nomeado secretário de Segurança Pública.
Em 1995, Temer foi escolhido para líder do PMDB na Câmara. Contando com o apoio do governo Fernando Henrique, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados duas vezes. Em 2001, foi eleito Presidente Nacional do PMDB. No segundo mandato de Lula, Temer conseguiu com êxito tornar o PMDB parte da base governista, o que não havia conseguido no primeiro mandato do petista.
Em 2009, com o apoio do governo, foi eleito para a presidência da Câmara. Na disputa presidencial de 2010, apesar de não ser o nome preferido dos governistas, conseguiu ser escolhido para candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff. Com a vitória de ambos, ele foi empossado vice-presidente em janeiro de 2011.
No primeiro mandato, foi considerado por si próprio e pelo partido como um "vice decorativo". No segundo, ganhou mais poder ao comandar a articulação política. No entanto, após desentendimentos públicos com a presidente, Temer articulou pessoalmente o apoio ao afastamento de Dilma. Com o afastamento temporário da presidente em 12 de maio de 2016, Temer assumiu as atribuições presidenciais.
Em 2009, com o apoio do governo, foi eleito para a presidência da Câmara. Na disputa presidencial de 2010, apesar de não ser o nome preferido dos governistas, conseguiu ser escolhido para candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff. Com a vitória de ambos, ele foi empossado vice-presidente em janeiro de 2011.
No primeiro mandato, foi considerado por si próprio e pelo partido como um "vice decorativo". No segundo, ganhou mais poder ao comandar a articulação política. No entanto, após desentendimentos públicos com a presidente, Temer articulou pessoalmente o apoio ao afastamento de Dilma. Com o afastamento temporário da presidente em 12 de maio de 2016, Temer assumiu as atribuições presidenciais.
Articulação política
Em meio à crise política e ao avanço de protestos pró-impeachment, e após sucessivas derrotas do governo na Câmara, capitaneadas pelo então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma repassa a Temer, em abril de 2015, funções à época atribuídas ao ministro das Relações Institucionais.
Com isso, ele passa a ser responsável pela articulação entre governo e Congresso. Nos bastidores, segundo o noticiário, reclama de que os compromissos que assumiu com os parlamentares não eram honrados pelo ministro Aloizio Mercadante, responsável pela Casa Civil.
Em agosto, Temer deixa a articulação política do governo. O partido divulga um documento intitulado Ponte para o Futuro, no qual explicita sua visão sobre a crise e indica saídas para ela.
Carta e rompimento
Após a deflagração do impeachment de Dilma por Cunha, envia à presidente uma carta, na qual reclama do papel desempenhado no primeiro mandato.
No documento, no qual se queixa de ter sido tratado como um "vice decorativo", diz ainda saber que a petista não confia nele nem no PMDB.
"Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo", afirma.
A carta é vista como passo inicial para um rompimento oficial do PMDB com a gestão Dilma, concluído no fim de março, poucas semanas antes da votação do impeachment na Câmara.
Aos 75 anos, o paulista de Tietê teve uma trajetória discreta, mesmo acumulando, até pouco tempo atrás, quase 15 anos no comando do PMDB, partido com maior capilaridade do país – tem o maior número de prefeituras, governos estaduais, deputados federais e senadores.
Após o Senado instaurar processo de impeachment contra Dilma em 16 de maio de 2016, Temer foi empossado interinamente na presidência da República, convertendo-se no presidente mais idoso da história do país. No mesmo dia, ele empossou seu ministério, que era composto por membros do PP, PMDB, PSD, PSDB, DEM, PRB, PPS, PV, PSB, PTB e PR. O número de ministérios caiu de 32 para 23, dos quais não havia nenhuma mulher e nenhum afro-brasileiro; era a primeira vez desde o governo Ernesto Geisel que o ministério do Poder Executivo Federal não contava com participação feminina.
Na cerimônia de posse, Temer defendeu a unificação do país, um "governo de salvação nacional", medidas para superar a crise econômica, o reequilíbrio as contas públicas, os programas sociais e a continuidade das investigações da Operação Lava Jato.
Na cerimônia de posse, Temer defendeu a unificação do país, um "governo de salvação nacional", medidas para superar a crise econômica, o reequilíbrio as contas públicas, os programas sociais e a continuidade das investigações da Operação Lava Jato.
Antes de assumir interinamente o governo, Temer já havia atuado na presidência do país como substituto eventual do presidente da República durante 102 dias. A primeira vez ocorreu em janeiro de 1998, enquanto era presidente da Câmara dos Deputados. Como vice de Dilma, coube a Temer substituí-la em 96 dias. Nestes períodos, ele assinou 202 decretos, 87 nomeações, 31 leis, vinte exonerações, dezesseis medidas provisórias e dois vetos a leis aprovadas pelo Congresso (um integral e um parcial).
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