O governo do Estado participa da 3ª Semana do Bebê Quilombola, uma ação desenvolvida pela Prefeitura de Bequimão em parceria com o governo do Estado, Unicef e Fundação Josué Montello, que consiste em uma série de palestras, rodas de conversas e oficinas envolvendo todas as famílias quilombolas das comunidades negras daquele município, além das ações multisetoriais desenvolvidas no decorrer do ano.
A Semana do Bebê Quilombola é concebida como estratégia de mobilização social com vistas a contribuir com a proteção, os cuidados e o desenvolvimento infantil de crianças de 0 a 6 anos, a chamada primeira infância.
Bequimão tem grande percentual de população negra e conta com 18 comunidades rurais quilombolas, sendo somente 11 quilombos certificadas pela Fundação Cultural Palmares.
As famílias quilombolas dessas comunidades enfrentam o racismo e condições desfavoráveis como menor expectativa de vida, maior taxa de mortalidade e maior risco de adoecer e morrer por doenças evitáveis e as crianças quilombolas estão expostas a ambientes de pobreza, desnutrição, renda familiar baixa, negligência, abusos, discriminação e difícil acesso as políticas públicas, o que resulta em baixo rendimento escolar e limitação das habilidades sociais e cognitivas.
Para Gisele Padilha, coordenadora de projetos sociais da Fundação Josué Montelo, é importante a parceria dos diversos atores sociais para tornar prioridade o desenvolvimento da primeira infância. “É responsabilidade de gestores, de líderes comunitários, da família e dos governos trabalhar e cuidar do desenvolvimento de crianças de 0 a 6 anos para que a gente possa ter um adulto saudável e integrado no mundo social e do trabalho”.
O prefeito Antonio José Martins explica que as ações multisetoriais desenvolvidas no decorrer do ano atendem a indicadores propostos pelo Unicef. “Estamos conseguindo cuidar melhor das crianças quilombolas de Bequimão graças ao trabalho dos profissionais da saúde, educação, esporte, desenvolvimentos social e igualdade racial, além das famílias quilombolas”.
O município conseguiu melhor alguns indicadores de impacto social: reduziu a mortalidade de crianças e adolescentes por causas externas, todas as crianças de até um ano de idade possuem registro civil, reduziu a proporção de óbito materno. “Estamos vencendoum desafio de dimensão grandiosa que é cuidar de um grupo historicamente menos privilegiado que são as crianças quilombolas, e agradeço o apoio do Unicef, da Fundação Josué Montelo e um agradecimento especial à nova equipe do governo Flávio Dino, que muito contribui com Bequimão”, disse o prefeito.
A Secretaria de Igualdade Racial participa da Semana do Bebê Quilombola com as assessorias dos técnicos Iracema Amorim, Mari Martins, Domingas Gomes e Eduardo Filho, que desenvolvem palestras e oficinas junto as comunidades em questões de saúde, educação, cidadania e inclusão produtiva.
O secretário de igualdade Racial, Gerson Pinheiro, disse que “o governador Flávio Dino está preocupado com os índices sociais do Maranhão e desenvolveu uma força-tarefa para melhorar esses indicadores. A ação do governo está presente, particularmente aqui em Bequimão, no apoio da Semana do Bebê Quilombola, no Programa Mais IDH, no Mais Bolsa Escola, na saúde, educação e segurança pública. Estamos aqui em Bequimão contribuindo com a população quilombola na superação da discriminação e da exclusão social e econômica.Esta nova realidade implica diretamente no desenvolvimento do Estado”.
Prefeita da cidade
A cada edição da Semana do Bebê Quilombola é escolhida uma criança nascida durante o avento para ser o Prefeito da Cidade, para um “mandato” até a próxima Semana do Bebê Quilombola. A prefeita-mirim ganha um enxoval completo e atendimento prioritário nos serviços públicos, além da chave da cidade. A prefeita atual é Lara Rafisa, que passará o cargo pra o bebê nascido nesta semana.
Por/ Mateus Magalhães
ASCOM/SEIR
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