RIO - Depois de dormirem na areia e nas ruas de Copacabana à espera do Papa Francisco, dezenas de peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ocupam nesta madrugada a Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Internacional Tom Jobim. Os saguões de ambos os locais ficaram lotados de jovens que dormem exaustos pelo cansaço. Os peregrinos contam ter antecipado a chegada à rodoviária e ao aeroporto para evitar transtornos com o trânsito e atraso no check-in.
Um grupo de 80 venezuelanos, que estavam hospedados em Niterói, já estava no aeroporto por volta das 2h. A viagem dos peregrinos estava marcada para às 6h.
— Ver o Papa foi emocionante. Valeu a pena. Deus nos deu fortaleza para passar por tudo — contou Samuel Marreira, de 19 anos, que dormiu na vigília da Praia de Copacabana.
Para Josilia Salas, de 20 anos, os peregrinos foram muito bem recebidos pelo povo carioca, mas ela reclama da falta de infraestrutura de higiene dos banheiros químicos:
— Os banheiros estavam muito sujos.
Enrolados em sacos de dormir, um outro grupo de turistas brasileiros do Recife, Campina Grande e Paraíba dormia no Tom Jobim enquanto esperava pelo voo marcado para 7h50m. O recepcionista Márcio José Marinho da Silva, de 20 anos, que ficou abrigado em casa de família em Irajá, elogiou o evento. Ele disse que espera participar da próxima Jornada Mundial da Juventude na cidade de Cracóvia, na Polônia.
— A acolhida foi perfeita. Prestei atenção em cada frase do Papa. Os problemas ficaram por conta da organização. Teve o problema com o Papa preso no trânsito e a pane no metrô — avaliou Márcio.
De El Salvador, Cesar Mendes, de 24 anos, que ficou hospedado em um colégio em Botafogo, esperava pelo voo marcado para 5h. Ele lembrou que os peregrinos enfrentaram uma longa fila de espera para retirar, no Sambódromo, o chamado “kit peregrino”.
— Esse kit deveria ter sido distribuído nos locais onde estavam hospedados os peregrinos. Fora isso, gostei de tudo. Ficamos hospedados em Botafogo e fomos para Copacabana caminhando. Gostei muito da vigília ter sido transferida de Guaratiba — comentou.
Na Rodoviária Novo Rio, por volta das 2h30m, cerca de 30 peregrinos esperavam pelo ônibus que deveria sair do local às 7h. Em uma outra área do segundo andar, um grupo de quase 60 pessoas dormia. Muitos faziam das malas travesseiros.
— Resolvemos passar a noite na rodoviária por ser mais seguro. Dessa forma, não teremos surpresas com o trânsito e também poderemos descansar mais um pouco — explicou Felipe Vega, de 19 anos.
Entre os peregrinos que vão voltar para casa, há aqueles que ainda ficarão por mais alguns dias no Brasil. É o caso de sete argentinos que também passavam a noite na rodoviária.
— Antes de ir embora, vamos fazer turismo na Ilha Grande. Ficaremos três dias lá. A jornada foi ótima. Gostei muito de ver o Papa — contou o estudante Eric Barbeiro, de 23 anos.
FONTE/O GLOBO.
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